Itaú anuncia R$ 15 bi em dividendo adicional após lucro de R$ 41 bi em 2024

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O Itaú Unibanco anunciou nesta quarta-feira (5) R$ 15 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio adicionais após fechar 2024 com lucro líquido recorrente de R$ 41,4 bilhões, crescimento de 16,2% em relação a 2023.

O maior banco do país em ativos também aprovou um programa de recompra até 200 milhões de ações e o cancelamento de ações em tesouraria no montante de R$ 3 bilhões.

Assim, o banco totalizou R$ 28,7 bilhões – 69,4% do resultado recorrente auferido em 2024 – distribuídos aos acionistas em 2024, um crescimento de 33,8% sobre a distribuição de 2023.

O conselho de administração também aprovou aumento de capital de R$ 33,3 bilhões, que será efetivado com a emissão de 980.413.535 novas ações atribuídas de forma gratuita aos detentores de ações do banco a título de bonificação, na proporção de 1 nova ação para cada 10 possuídas.

“O ano de 2024 foi marcado pela consistência do Itaú Unibanco na entrega de bons resultados em todas as linhas de negócio”, afirmou o presidente-executivo do banco, Milton Maluhy Filho, em comunicado.

O banco também divulgou previsões para 2025, quando estima uma expansão de 4,5% a 8,5% na carteira de crédito total, uma desaceleração frente ao crescimento de 15,5% no ano passado.

O custo de crédito é estimado entre R$ 34,5 bilhões e R$ 38,5 bilhões, acima dos R$ 34,5 bilhões em 2024.

Para a margem financeira com clientes, calcula alta de 7,5% a 11,5%, de 7,1% em 2024, e para a margem com o mercado, entre R$ 1 bilhão e R$ 3 bilhões, de R$ 4,4 bilhões no ano passado.

De acordo com analista Thiago Batista, do UBS BB, um cálculo simplificado com base no ponto médio do guidance do banco para 2025 indica um lucro de R$ 45 bilhões neste ano, sendo R$40 bilhões no piso e R$51 bilhões no teto das estimativas do Itaú.

O Itaú encerrou 2024 com R$ 3,05 trilhões em ativos e 2.928 agências e postos de atendimento. Um ano antes, eram R$ 2,7 trilhões em ativos e 3.250 agências e PABs.

O banco também informou que realizou em 2024 a migração de 5,3 milhões de clientes para o seu Superapp, e que até o fim de 2025, o número de clientes migrados deve atingir 15 milhões.

4º trimestre

No quarto trimestre, o Itaú obteve um lucro líquido recorrente de R$ 10,88 bilhões, alta de 15,8% ano a ano, mas de apenas 2% na comparação trimestral, praticamente em linha com projeções compiladas pela LSEG, de R$ 10,89 bilhões.

A margem financeira mostrou expansão de 8,3% ano a ano, com a margem com clientes mostrando mesma variação, para R$ 28,48 bilhões, enquanto a margem com o mercado aumentou 7,6%, para R$ 904 milhões.

Na base trimestral, a margem financeira subiu 3,1%, com aumento de 3,7% na margem com clientes, mas queda de 14,5% na margem com o mercado, afetada pelo menor resultado da mesa trading e impacto negativo dos juros na estratégia de hedge do índice de capital.

O custo do crédito totalizou R$ 8,64 bilhões, queda de 5,5% ano a ano, mas alta de 4,8% em relação ao terceiro trimestre, com aumento de 7,7% na despesa com provisões para créditos de liquidação duvidosa.

O Itaú afirmou que o custo de crédito teria apresentado uma redução de aproximadamente 1% no trimestre, não fosse o impacto positivo de R$ 500 milhões de um cliente específico do segmento de grandes empresas no terceiro trimestre de 2024.

As receitas com prestação de serviços do banco cresceu 4,5% ano a ano, enquanto as receitas de operações de seguros avançaram 13,5% na mesma comparação.

A carteira de crédito total somou R$ 1,359 trilhão no trimestre, aumento de 15,5% ano a ano e de 6,3% frente ao trimestre anterior. Excluindo a variação cambial, houve expansão de 10,2% e 4%, respectivamente.

A inadimplência total acima de 90 dias ficou em 2,4%, de 2,6% em setembro e 2,8% um ano antes. A NPL creation somou R$ 8,196 bilhões, de R$ 8,976 bilhões no trimestre anterior e R$ 9,048 bilhões nos últimos três meses de 2023.

No final do ano passado, o Itaú tinha um índice de Capital Nível I de 15,0%, composto por 13,7% de Capital Principal e 1,3% de Capital Complementar Nível I. Em setembro, esses percentuais eram de 15,2%, 13,7% e 1,5%, respectivamente.

O índice de eficiência do banco ficou em 40,7%, de 40,3% no quarto trimestre de 2023 e 40,2% no terceiro trimestre de 2024.

Executivos do banco realizam teleconferência com analistas sobre o balaço na quinta-feira (6), a partir de 10h.

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