Com 8,6 mil associados, a Aprosoja Mato Grosso completou no último dia 4 de fevereiro 20 anos. Considerada uma instituição ainda jovem, a entidade se espelha em instituições já consolidadas, assim como de produtores norte-americanos.
Conforme o diretor Jorge Diego Giacomelli, entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto, a Aprosoja Mato Grosso vem a cada ano amadurecendo e sendo cada vez mais democrática, pensando sempre nas demandas que o setor produtivo traz.
“Nós temos o associado como nosso maior capital e o nosso trabalho é feito para beneficiar o associado”, frisa.
Nos últimos anos a entidade vem desenvolvendo diversas ações, parcerias, projetos e programas, como o Agrosolidário e o Soja Legal.
“Nós estamos muito encampados sendo parceiros do governo de Mato Grosso, que tem feito bons trabalhos pelo produtor. Um deles, que é uma cobrança eterna da Aprosoja, é a aplicação dos recursos do Fethab diretamente para a atividade, principalmente para a logística”, comenta.
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Aprosoja investe em pesquisas
Entre os trabalhos considerados de suma importância pela entidade, está o desenvolvimento de pesquisas. Além do Centro de Pesquisa em Campo Novo do Parecis, o CTecno Parecis, que difunde a agricultura em solos arenosos, a Aprosoja Mato Grosso conta com outros centros em regiões como médio-norte e Vale do Araguaia, considerada a nova fronteira da produção agrícola do estado.
No Vale do Araguaia, o centro está localizado em Nova Nazaré, entre os municípios de Água Boa e Canarana, e possui foco em solos siltosos.
“É uma nova fronteira agrícola de solos para Mato Grosso. Nós estamos muito focados nisso. E também estamos com um Centro de Pesquisa sendo instalado em Sorriso, pensando em algo sobre cultivares e monitoramento de sementes”.
Os centros, conforme o diretor da Aprosoja Mato Grosso, são “totalmente independentes, com recurso do produtor para o produtor”.
Giacomelli conta ao programa do Canal Rural Mato Grosso que a criação do CTecno Araguaia decorre da expansão observada de áreas com soja na região, bem como na Baixada Cuiabana, Rosário Oeste e Nobres.
“Paranatinga hoje tem um potencial gigantesco agrícola. E o próprio Vale do Araguaia que tem solos siltosos e não se havia pesquisa em cima disso”.
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Desenvolvimento de cultivar própria
Questionado sobre a possibilidade de a Aprosoja Mato Grosso desenvolver uma cultivar própria em seus centros de pesquisa, o diretor da entidade afirma que “não tem nada definido nesse sentido”, mas que se “pensa muito” em genética.
“A genética argentina está muito presente dentro do Brasil e a genética brasileira mesmo não existe mais. Praticamente se extinguiu. E nós vemos muitos problemas como anomalia, ataques de algumas pragas. E a gente vê que isso tem que ser melhorado com genética e as grandes empresas estão pensando, realmente, em produtividade. Nós não. Nós temos que pensar em algumas ferramentas que talvez melhorem essa situação do produtor”.
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Safra 2024/25 preocupa produtores
O clima mais uma vez causa preocupação para os produtores de Mato Grosso. Após uma semeadura atrasada pela ausência das chuvas, o campo sofre com o excesso das águas que vem dificultando a retirada da soja e a implantação do milho segunda safra.
“Essa soja já era para ter sido colhida. A gente está tendo muita chuva no campo. O produtor está extremamente preocupado. Recebemos relatos de mais de 100 milímetros concentrados em algumas áreas e o solo já está saturado. Não aguenta mais receber essas chuvas”.
Outro temor, destaca o diretor da Aprosoja Mato Grosso, é quanto ao “aperto logístico” nas rodovias e armazéns diante da concentração da colheita.
“A preocupação é muito grande. Provavelmente nós vamos ter perda de qualidade de grão, porque esse grão está muito úmido e às vezes ficando muito tempo pronto no campo até conseguir entrar na colheita. E a Aprosoja vai ter que trabalhar cada vez mais firme com o Classificador Legal para evitar o abuso”.
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