Blocos de Carnaval pedem “água grátis“ durante a folia em São Paulo

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Os blocos de Carnaval de São Paulo, em parceria com organizações voltadas para a questão climática, apresentaram uma carta à Prefeitura e a SPTuris, pedindo medidas adicionais de segurança e ações para minimizar possíveis problemas com eventos climáticos extremos durante o período de festas e grandes aglomerações.

Entre as principais medidas exigidas, destaca-se a distribuição de água gratuita.

“A gestão de cultura e eventos tem que se atualizar e o prefeito de São Paulo deve garantir água livre e acessível para as pessoas que participam do Carnaval. Água é um direito”, conclui Jonaya de Castro, gestora cultural e diretora do Instituto Lamparina.

Confira as principais recomendações da carta:

  • Distribuição gratuita de água em locais de aglomeração
  • Preços acessíveis para água em relação à bebidas alcoólicas
  • Flexibilidade nos horários de concentração, desfile e dispersão dos blocos em caso de calor intenso ou chuvas fortes
  • Adiamento da programação do Carnaval para os dias 15 e 16 de março em situações de calamidade.
  • Limpeza pública de banheiros e Gestão de Resíduos
  • Criação de um Gabinete de Crise para monitoramento de questões climáticas em tempo real

Considerando a intensidade e a frequência de eventos climáticos em ascensão no Brasil, a carta, elaborada pelo movimento As Águas Vão Rolar, é dirigida também a várias secretarias municipais, incluindo a Secretaria Municipal da Saúde e a Defesa Civil.

O movimento afirma que a situação climática atual, com previsões de um verão com temperaturas que podem ultrapassar os 39°C, reforça a necessidade de ações efetivas para proteger a vida e a saúde das pessoas que vão participar do evento.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a SPturis elaborou um plano de emergência para situações de chuvas intensas. De acordo com eles, serão agendadas reuniões com os organizadores para discutir questões relacionadas ao contingente de foliões em dias chuvosos, bem como outros detalhes que envolvem o planejamento da festa como ações de segurança, alternativas de evacuação e o apoio logístico.

A SPTuris informou ainda que está em constante diálogo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para viabilizar a criação de pontos de distribuição de água aos foliões dos blocos de rua.

Segundo a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disponibilizará nas áreas de concentração do público 20 postos de atendimento médico, ambulâncias básicas e de UTI durante os oito dias de evento (dois dias pré-evento, quatro dias de carnaval e dois dias pós-carnaval). Além disso, também estarão disponíveis tendas de triagem para atender as necessidades da população, oferecendo avaliação clínica, descanso e hidratação.

Previsão do tempo para o feriado:

O Carnaval desde ano terá chuvas abaixo da média, mas com a possibilidade de eventos extremos, além de temperaturas superiores à média para o verão de 2025, segundo previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e agência norte-americana NOAA, sigla em inglês para Administração Oceânica e Atmosférica Nacional.

O fundador do Bloco Eco Campos Pholia, Marcos Campos, lembrou que o carnaval de rua de 2024 já foi marcado por eventos climáticos extremos e reforçou que as dificuldades não podem se repetir. “[..] é urgente que haja planejamento e ações preventivas, como campanhas de conscientização, maior infraestrutura para gestão climática e de resíduos, além de uma valorização efetiva de quem trabalha pelo equilíbrio ambiental e pela segurança dos foliões. A festa pode e deve ser sustentável”, concluiu.

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