O Ministério Público do Rio Grande do Sul apresentou denúncia contra um homem de 26 anos que matou a ex-companheira na frente de um hospital no interior do estado. Ele responde por feminícidio. O crime ocorreu no dia 27 de janeiro na cidade de São Francisco de Assis (RS), a 430 quilômetros de Porto Alegre
O homem foi denunciado por feminício com agravantes, como contexto de violência doméstica, motivo torpe, emboscada, perigo comum e na presença do filho da vítima. Ele também foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado contra um amigo da vítima que estava levando ela ao hospital.
A denúncia também inclui o descumprimento de medidas protetivas de urgência e ameaças contra a mãe da vítima. O MP solicitou uma reparação mínima de R$ 100 mil ao filho do ex-casal, além de indenizações ao amigo que presenciou os disparos e à mãe da vítima.
Motivação do crime
O crime foi motivado pela insatisfação do acusado com uma decisão judicial de 22 de janeiro, que lhe retirou a guarda provisória do filho de 6 anos. A vítima possuía uma medida protetiva contra o ex desde 23 de janeiro, mas segundo o MP, ele premeditou o ataque.
No dia do crime, a mulher chegava em casa durante o horário de almoço. O assassino descarregou um revolver 38 contra ela, que estava acompanhada do filho. Foram seis tiros, que atingiram o abdômen da vítima.
Após os disparos, a mulher foi levada para a emergência do hospital local. O suspeito perseguiu a vítima e, na porta do hospital, efetuou mais seis disparos contra ela.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão preventiva do suspeito, que teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva. O juiz do caso justificou a decisão pela existência de provas e indícios da autoria do crime, além da frieza e da forma como o crime foi executado, com doze tiros em locais públicos.