A violência entre torcedores do Fortaleza e Ceará, registrada antes do clássico do Campeonato Cearense no último sábado (8), resultou na detenção de 120 pessoas e gerou uma mobilização atípica no sistema judiciário do estado.
Após um confronto generalizado entre membros das duas torcidas, 82 dos detidos tiveram as prisões convertidas de flagrante para preventiva, e responderão por diversos crimes, incluindo tumulto, lesão corporal, associação criminosa, resistência, desobediência e corrupção de menores.
O confronto ocorreu na Avenida Osório de Paiva, nas imediações da Arena Castelão, em Fortaleza, e envolveu grupos rivais que se encontraram a caminho do estádio.
Além dos 82 torcedores que tiveram a prisão preventiva decretada, foram lavrados autos infracionais análogos aos crimes contra 27 adolescentes envolvidos na briga.
Diante do grande número de prisões, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) acionou um plantão extraordinário. Durante o domingo (10), cinco juízes foram convocados para dar andamento ao processo de audiências de custódia, que normalmente ocorre em um número bem menor.
Segundo o TJCE, em média, o tribunal realiza cerca de 40 audiências diárias, mas devido à alta demanda gerada pelo confronto, as 117 pessoas foram encaminhadas para análise judicial.