O ex-ministro da Justiça Anderson Torres quer prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações que apuram suposta trama golpista no Brasil. Torres foi ministro no governo Bolsonaro.
A defesa do ex-ministro também pediu que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e o ex-comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Junior, sejam novamente interrogados.
Além disso, Anderson Torres pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine que a PF faça uma acareação com as duas testemunhas do caso. Acareação é quando um investigado depõe de frente para outra pessoa, para que possíveis contradições sejam apontadas ou confrontadas.
A defesa de Torres elenca alguns questionamentos a serem respondidos neste novo depoimento, como: por qual motivo não esteve presente nas reuniões em que as medidas antidemocráticas foram apresentadas aos comandantes; qual o nome dos participantes da suposta ou supostas reuniões; e em qual contexto Anderson Torres auxiliou juridicamente o ex-presidente Bolsonaro.
O general Freire Gomes foi considerado peça-chave para fechar alguns pontos da investigação da PF. Em apenas um depoimento, ele depôs por 20 horas e colaborou com a apuração na condição de testemunha.
Em um dos depoimentos, o militar apontou o conteúdo e quem esteve em uma reunião no Palácio da Alvorada, onde supostamente foi discutido e apresentado o plano de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Torres foi indiciado pela PF no bojo de 40 pessoas por supostamente planejar um golpe de Estado no Brasil. A PF aponta que ele faria parte do núcleo jurídico em torno de Bolsonaro, auxiliando com decreto chamado de “minuto do golpe”. Ele nega todas as acusações.