O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que as famílias e empresas devem passar por um momento desconfortável, já que a perspectiva é de que a inflação siga fora da meta. A meta é de 3%, com intervalo de tolerância de até 4,5%.
Na avaliação de Galípolo, a inflação acima da meta é resultado de “eventos do passado”, como crescimento potencial acima do esperado e das políticas de distribuição de renda que estimularam o consumo e, consequentemente, resultaram em pressões inflacionárias.
“Devemos passar por um momento desconfortável para as empresas e famílias. A inflação deve seguir o patamar desconfortável fora da meta, repercutindo os eventos do passado, e espera que a política monetária vá fazendo efeito gradativamente”, disse.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado subiu a taxa de juros para 13,25%. O BC já sinalizou que deve fazer um aumento de 1 ponto percentual na Selic na próxima reunião, prevista para março.
Na ata do Copom, o Banco Central disse que há a possibilidade de descumprir a meta da inflação já em junho. Em 2025, a autoridade monetária passou a perseguir a meta contínua.