Uma investigação da Gerência e da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco) revelou um esquema de extorsão contra comerciantes de Várzea Grande, Mato Grosso, liderado por uma facção criminosa.
A operação, denominada “A César o que é de César”, cumpriu mandados de busca e apreensão e afastamento de sigilo bancário contra duas advogadas que atuavam a serviço da organização.
A investigação apurou que dois integrantes da facção criminosa extorquiam comerciantes do centro popular de comércio (camelódromo) de Várzea Grande, exigindo o pagamento de uma taxa de 5% sobre o faturamento mensal das lojas, sob a ameaça de terem seus estabelecimentos incendiados.
Advogadas a serviço do crime
As investigações apontam que as duas advogadas foram cooptadas pela facção para fiscalizar o depoimento de vítimas e testemunhas à Polícia Civil. Elas acompanhavam as oitivas, coagindo as vítimas a negar os fatos e impedindo o livre depoimento.
Operação “A César o que é de César”
A operação, deflagrada nesta segunda-feira (10), cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais das advogadas, além do afastamento dos sigilos bancários. Dois líderes da facção criminosa foram presos.
Embaraço à investigação
A GCCO/Draco também investiga o crime de embaraço à investigação, já que as advogadas são suspeitas de coagir testemunhas e vítimas a não colaborarem com as autoridades.
O grupo criminoso, liderado por “Shelby”, ameaçava as vítimas de morte, violência física e incêndios criminosos caso se recusassem a pagar a taxa de extorsão.