Prost critica série de Ayrton Senna: “Coisas que não são verdade“

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A minissérie “Senna” da Netflix, que estreou em novembro de 2024, tem sido um sucesso de audiência em todo o mundo, sendo bem recebida pelos críticos.

A produção que retrata a vida e carreira do ídolo brasileiro se tornou a série de língua não-inglesa mais vista da plataforma de streaming na semana de lançamento.

No entanto, nem todos gostaram. Entre eles, está um de seus protagonistas, o ex-piloto Alain Prost. O tetracampeão mundial da Fórmula 1 e grande rival de Ayrton, criticou a “falta de sensibilidade” da minissérie autobiográfica.

“Tenho certeza de que Ayrton não gostaria, principalmente porque mostra falta de sensibilidade. Não deveríamos contar coisas que não são verdade”, disse Prost em entrevista à rádio francesa RMC.

Alain Prost ainda afirmou que o “espetáculo” foi buscado acima de outros aspectos.

“Se algo tem que ser feito comercialmente, não é certo fazê-lo em nome de Senna. Eu não gosto e não aceito isso”, concluiu o francês.

Prost e críticas ao filme sobre Senna

Antes da série, já havia sido feito um filme sobre Ayrton Senna, em 2010, no formato de documentário. A produção foi lançada nos cinemas e depois chegou a diversas plataformas. Na época, Prost foi ainda mais crítico.

“Estou chateado com o filme que foi feito. Eles poderiam ter contado uma história fabulosa, porque houve o que aconteceu quando estávamos competindo e depois que me aposentei. O filme alega que sua última mensagem ‘Sinto sua falta, Alain’ era falsa. Bem, acho que o filme era falso”, disse Prost.

Alain Prost e Ayrton Senna protagonizaram uma das maiores rivalidades da Fórmula 1, no fim dos anos 80 e começo da década de 90.

Prost e Senna em pódio da Fórmula 1
Prost e Senna em pódio da Fórmula 1 • Foto: Jean-Marc LOUBAT/Gamma-Rapho via Getty Images

O que é verdade e ficção na série “Senna”

A minissérie “Senna” retrata momentos relevantes da vida pessoal e profissional do piloto tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna (1960-1994). Mesmo com uma dose de ficção, muitos acontecimentos mostrados na minissérie são verdadeiros.

Ao longo de seis episódios, alguns relacionamentos do piloto são relembrados como, por exemplo, com as apresentadoras Xuxa e Adriane Galisteu. Ambos aconteceram de fato, além do casamento de Senna com Lilian Vasconcellos, interpretada por Alice Wegmann.

A única mulher do piloto o conhecia desde a infância. Eles foram casados de 1981 a 1983, época em que Senna iniciava sua carreira internacional.

Outro ponto que parece ter sido inventado pela produção, mas aconteceu com o piloto é a parte em que ele vence uma corrida usando fita adesiva na entrada de ar do radiador do carro.

O episódio aconteceu em 1983, e a intenção de sua equipe era esquentar o óleo o mais rápido possível para que ele alcançasse maior velocidade na pista.

Senna também marcou a história do automobilismo, vencendo uma corrida apenas com uma marcha funcionando, no ano de 1991, no Grande Prêmio em Interlagos, autódromo de São Paulo.

Por outro lado, alguns personagens secundários não passaram pela vida do piloto e foram inventados pela produção. A jornalista Laura Harrison, vivida por Kaya Scodelario, foi criada para compor o roteiro e exemplificar a relação de Senna com a mídia.

Outro ponto ficcional da minissérie é o encanto do piloto brasileiro por uma mulher, membro da realeza de Mônaco, que teria sido apresentada a ele pelo narrador Galvão Bueno.

A ocasião, retratada no segundo episódio, antecede o GP de Mônaco de 1984, quando ele ainda corria pela Toleman. Na vida real, no entanto, não há registros do envolvimento.

A produção contou com o apoio da família de Ayrton Senna, que já trabalhava no projeto há vários anos.

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