Ações da dona da Penalty caem após fala de Neymar

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Será que Neymar pode influenciar uma ação na bolsa de valores? A pergunta pode parecer estranha, mas após uma fala do craque brasileiro, em entrevista pós-jogo contra o Corinthians, na quarta-feira (12), uma polêmica sobre um produto esportivo foi criada e coincidiu com a queda das ações de uma marca esportiva brasileira na B3.

Acontece que Neymar reclamou da bola do Campeonato Paulista, que é feita pela Penalty – marca da Cambuci, que é negociada na bolsa de valores brasileira sob o ticker CAMB3.

Em entrevista pós-jogo, Neymar disse que a patrocinadora precisava melhorar a bola.

“Outro dia o Filipe Luís falou e eu concordo com ele. Essa bola é muito ruim. Tem que melhorar um pouco mais”, disse Neymar em entrevista pós-jogo.

As ações da Cambuci abriram em queda nesta quinta-feira (13). Por volta das 10h30 (horário de Brasília), as ações operavam em queda de 1,41%, cotadas a R$ 10,47, na bolsa de valores de São Paulo (B3).

Na véspera, no entanto, antes das falas de Neymar, as ações também fecharam em queda de 0,75%.

De acordo com Felipe Sant’ Anna, especialista em mercado da mesa proprietária Star Desk, uma fala do Neymar tem um peso importante, sobretudo no marketing de uma empresa. Por isso, e pela empresa ter baixa liquidez na bolsa, é possível que a fala tenha influenciado nos papéis, mas por enquanto o movimento das ações está dentro da normalidade.

“Precisamos esclarecer que as ações da Cambuci tem preço baixo e uma relevância muito pequena na bolsa brasileira, com baixa liquidez e interesse. Neste cenário, qualquer pequeno movimento de compra ou venda pode gerar uma variação percentual que chama atenção”, disse o especialista.

“Outro ponto é que as ações estão em tendência de queda desde o início de 2025, saindo de R$ 12 para R$ 10,34 em poucas semanas”, completou Sant’ Anna.

O especialista destacou ainda que, caso o jogador continue falando mal do produto, é possível que haja, de fato, um movimento de venda maior nos papéis.

Caso Coca-Cola e Cristiano Ronaldo

Os especialistas consultados pelo CNN Money não cravam que a queda das ações nesta quinta (13) esteja ligada apenas ao fato de Neymar ter criticado a qualidade da bola da Penalty, mas em 2021 uma história parecida aconteceu e teve a gigante Coca como vítima.

Na Eurocopa de 2020, disputada em 2021 por conta da pandemia, Cristiano Ronaldo tirou duas garrafas de Coca-Cola da mesa onde daria entrevista coletiva pré-jogo contra a Hungria, e substituiu por uma garrafa de água.

O gesto coincidiu com uma queda imediata nas ações da Coca, que passaram, na época, de US$ 56,10 para US$ 55,22. A queda de 1,6% nas ações da Coca refletiu em uma perda de US$ 4 bilhões em valor de mercado para a empresa à época.

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