O Paraná está de volta à Segunda Divisão do Campeonato Paranaense. A nova queda no estadual deixa o Tricolor em estado crítico em todas as suas esferas.
O clube, que contava com uma classificação para a Série D de 2026, se despede da atual temporada de forma triste, com uma atuação precária em campo e com o futuro em xeque.
Mas, afinal, como a nova queda impacta na venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Paraná?
Sem calendário nacional e no segundo escalão do futebol estadual, o Paraná chega desvalorizado após a disputa do Paranaense.
Veja também
+ Confira a tabela completa do Campeonato Paranaense
+ Guia do Ruralzão: tudo sobre os times
+ Apostas no Campeonato Paranaense: Palpites e dicas em 2025
“O caso do Paraná Clube já era de extrema complexidade. Agora, ficou pior, pois são mais dois anos para fazer as coisas andarem novamente. A situação atual do Paraná é a mais crítica entre todos os clubes do futebol brasileiro”, lamenta o economista Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria.
O profissional esteve à frente de uma negociação de um grupo de interessados na compra da SAF do Paraná antes do início do Campeonato Paranaense deste ano. Na ocasião, o clube descartou a proposta.
“As oportunidades apareceram para o Paraná. No entanto, o clube e as pessoas que estão ao redor optaram por uma estratégia de arriscar tudo de uma vez no Paranaense, com o objetivo de valorização. Não dá para subestimar os riscos no futebol”, frisou Ferreira.
Paraná Clube tem prazo curto para pagamento de dívida
No fim do ano passado, o grupo de credores do Paraná Clube aprovou um novo plano de Recuperação Judicial, dando um fôlego a mais à diretoria.
O pagamento da primeira parcela da dívida paranista foi empurrado para o fim de agosto deste ano. Com isso, o Paraná tem cerca de seis meses para se organizar.
A dívida total do Paraná é de cerca de R$ 130,8 milhões – a primeira parcela seria de cerca de R$ 20 milhões. No novo plano feito, o grupo de credores alega que o clube não conseguiria quitar esse valor sem a venda da SAF ou a alienação de alguns ativos, como a Sede da Kennedy, por exemplo.
De acordo com o administrador judicial da RJ, Maurício Obladem, o clube não tem mostrado que possui recursos próprios para o pagamento da primeira parcela.
“Então, necessariamente, o Paraná precisará vender a SAF, ter algum aporte de recursos ou tentar reabrir negociação com os credores”, ressalta.
Caso o clube não pague a primeira parcela, o leilão da Sede da Kennedy será inevitável, com os valores sendo revertidos aos credores. No entanto, a venda da propriedade enfrenta problemas legais e, mais de uma vez, já teve de ser cancelada.
Credores do Paraná citam “receio maior”
![Vila Capanema.](/_next/image/?url=https%3A%2F%2Fwww.umdoisesportes.com.br%2Fmedia%2Fumdoisesportes%2F2025%2F01%2F15151057%2Fandraus-vila-capanema-disputa-bastidores-parana-clube-1024x576.jpg&w=1920&q=75)
Antes do rebaixamento, quando a situação do Paraná já era complicada no Paranaense, a reportagem do UmDois Esportes entrou em contato com o advogado Dyego Tavares, que representa 40 credores trabalhistas.
Na ocasião, a defesa dos credores citou um “receio maior” com a queda para a Divisão de Acesso.
“Eventual rebaixamento terá impacto negativo, sem dúvida. Na condição atual, disputando a primeira divisão, já não há propostas para aquisição da SAF que pague a dívida com os credores, na segunda divisão, haverá um receio maior”, frisa Tavares.
“As esperanças para recebermos passarão a ter o foco no leilão da Kennedy, desde que seja resolvido o impasse com a prefeitura. Somente isso evitará a falência do clube”, reforça.
Com o rebaixamento decretado, fica a indagação sobre o futuro do Paraná. Até o momento, a diretoria, liderada por Ailton Barboza, ainda não se manifestou sobre a queda e o seu impacto no clube.
Onde apostar no Paranaense 2025
As melhores bets legalizadas do Brasil oferecem apostas no Campeonato Paranaense 2025. É possível dar palpites no vencedor de cada jogo, total de gols da partida, campeão da competição, entre outros mercados.