O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento de um funcionário do Rio Grande do Sul e do secretário parlamentar do gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS).
Os afastados são Cliver André Fiegenbalfm, diretor Administrativo e Financeiro da Metroplan, vinculada a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Rio Grande do Sul; e Lino Rogério da Silva Furtado, secretário parlamentar do deputado Motta.
Conforme mostrou a CNN, os dois foram alvos de mandados de busca pessoal e de busca domiciliar para apreensão de aparelhos celulares e computadores por parte da Polícia Federal.
Ao todo, a PF cumpriu 11 mandados, em Brasília e em cinco municípios do Rio Grande do Sul.
A investigação teve início após a descoberta de conversas extraídas do celular de Cliver André Fiegenbalfm, na qual sugere ao secretário parlamentar Lino Rogério o envio de emendas pelo deputado federal em favor de uma unidade hospitalar, mediante o pagamento de vantagem indevida.
Na decisão, o ministro Flávio Dino não imputa crimes ao parlamentar, tampouco a PF, neste momento.
O magistrado aponta que a Procuradoria-Geral da República explica que duas emendas, nos valores de R$ 309.000,00 e de R$ 117.000,00, foram emitidas antes do início das tratativas entre Oliver e Lino, “o que afasta qualquer possível vinculação com as emendas patrocinadas pelo deputado federal Afonso Antunes da Motta”. Somente a nota fiscal de 23/2/2024, diz o ministro, no valor de R$ 100.200,00, refere-se a captação das emendas daquele parlamentar.
A CNN tenta contato com as defesas dos investigados.