O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que o governo brasileiro aguarda mais detalhes sobre as medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a respeito da adoção de tarifas recíprocas no comércio internacional.
Segundo Haddad, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e vice-presidente, Geraldo Alckmin, junto a sua equipe, estão analisando os dados para medir os possíveis efeitos da nova política comercial norte-americana.
“Temos que ver como termina essa história. Quando tivermos um balanço, aí sim teremos um diagnóstico mais claro”, disse.
De acordo com o chefe da equipe econômica, ainda é necessário avaliar os impactos da decisão antes de qualquer posicionamento definitivo.
O ministro destacou que a balança comercial entre Brasil e EUA é favorável ao país norte-americano no setor de serviços, enquanto no comércio de bens há um equilíbrio. Para ele, não há justificativa para mudanças que possam prejudicar um fluxo comercial que tem funcionado bem para ambos os lados.
Haddad também mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enfatizado o princípio das boas relações com os três maiores blocos econômicos, seja China, Estados Unidos e União Europeia. Segundo Haddad, qualquer negociação futura dependerá da forma como as novas medidas forem implementadas.
Ao ser questionado sobre a medida norte-americana deixar em aberto quando as tarifas vão ser impostas e se isso abre margem para negociação, Haddad afirmou que pensa que sim, mas a maneira como as medidas estão sendo negociadas são um pouco “confusas”.
“Nós temos que aguardar para ter uma ideia do que é concreto, efetivo e levar em consideração que a balança é superavitária para os EUA, com relação de bens e serviços. Então, não há muita razão nem para nós tememos. Vamos com cautela avaliar o conjunto das medidas que vão ser anunciadas”, disse.
O Executivo brasileiro tem sido cauteloso quanto às medidas que geram impactos nas exportações ao país, que vem sendo assinadas por Trump nos últimos dias.
Nesta semana, após o presidente estadunidense ter rubricado um decreto que aumenta 25% a tarifa de importação do aço de diversos países, as autoridades tupiniquins assumiram uma postura neutra, tentando minimizar a questão.
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