A Nestlé divulgou nesta quinta-feira (13) que a empresa teve um crescimento anual das vendas ligeiramente melhor do que o esperado, impulsionado por aumentos de preços, mas a maior corporação de alimentos embalados do mundo alertou para uma margem de lucro mais estreita em 2025.
Sob o comando do novo presidente-executivo, Laurent Freixe, a empresa está tentando aumentar os volumes de vendas, investir em inovação e restaurar a confiança dos investidores, após anos de preços altos que afastaram os compradores e consumiram seu orçamento de marketing.
A Nestlé disse que espera que as vendas para o ano inteiro sejam mais altas do que no ano passado, mantendo a meta delineada em novembro.
Mas a empresa previu uma margem de lucro operacional comercial subjacente de 16% ou mais, abaixo dos 17,2% do ano passado.
Freixe disse que espera que a margem se reduza no curto prazo “à medida que investimos para crescer”.
Embora duas das commodities mais importantes para a Nestlé – o café e o cacau – estejam com preços recordes, a empresa disse que só repassará alguns aumentos de custos para os consumidores.
Os concorrentes da Nestlé reduziram os aumentos de preços no ano passado, em um movimento para atrair de volta os compradores que haviam se voltado para produtos mais baratos.
A empresa suíça, no entanto, não diminuiu tão rapidamente, com vários trimestres de volumes de vendas fracos que levaram à demissão em agosto do presidente-executivo Mark Schneider.
A Nestlé disse, no final de 2024, que pretendia economizar 2,5 bilhões de francos suíços (US$ 2,75 bilhões) até o final de 2027. A empresa disse nesta quinta-feira que já garantiu mais de 300 milhões de francos de economia para este ano.
O volume de vendas aumentou 0,8% em comparação com as expectativas de um aumento de 0,7%.
As vendas orgânicas, que excluem o impacto das variações cambiais e das aquisições, aumentaram 2,2% no ano completo encerrado em 31 de dezembro, em linha com as expectativas de 2,1%. Isso representou o menor crescimento orgânico da Nestlé em pelo menos 25 anos.
As vendas caíram 1,8%, para 91,35 bilhões de francos, e o lucro líquido caiu 2,9%, para 10,88 bilhões de francos suíços.