A Associação de Ferro e Aço da China disse que o aumento para 25% nas tarifas sobre as exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos terá um impacto adverso na cadeia de suprimentos da indústria siderúrgica global, incluindo a chinesa, informou a emissora estatal China Central Television nesta quinta-feira (13).
O presidente dos EUA, Donald Trump, elevou substancialmente as tarifas sobre as importações de aço e alumínio na segunda-feira (10) para 25% “sem exceções ou isenções”, em uma medida que ele espera que ajude o setor em seu país, mas que também pode desencadear uma guerra comercial de várias frentes.
“No curto prazo, o impacto sobre as exportações de aço da China é limitado. No entanto, a longo prazo, os Estados Unidos podem levar outros países a seguir o exemplo, reduzindo assim a competitividade das exportações de aço da China”, disse a associação.
A China exportou 508.000 toneladas líquidas de aço para os EUA no ano passado, ou 1,8% do total das importações norte-americanas de aço.
Zhang Longqiang, vice-secretário-geral da Associação de Ferro e Aço da China, disse que se opõe firmemente ao aumento das tarifas e disse que não é propício ao “comércio saudável e justo e à concorrência no mercado”.
“No médio e longo prazo, o aumento das tarifas terá um impacto adverso na cadeia industrial e na cadeia de suprimentos da indústria siderúrgica global, incluindo a indústria siderúrgica da China”, disse ele.
Embora a China exporte apenas pequenos volumes de aço para os EUA, o país é responsável por grande parte do excesso de capacidade de aço do mundo, de acordo com Washington.
Os EUA dizem que a produção subsidiada na China força outros países a exportar mais e leva ao transbordo do aço chinês através de outros países para os EUA para evitar tarifas e outras restrições comerciais.