O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (SINTEP/MT), subsede de Lucas do Rio Verde, vem a público manifestar seu profundo descontentamento com a postura da administração municipal diante das pautas da educação. Há meses, o sindicato busca diálogo com o poder executivo para tratar de demandas essenciais da categoria, mas, até o momento, todas as tentativas foram ignoradas. O prefeito, de forma intransigente e antidemocrática, se recusa a receber os representantes dos profissionais da educação, desrespeitando não apenas a categoria, mas toda a comunidade escolar.
As reivindicações do SINTEP vão muito além da questão salarial. A categoria luta pelo cumprimento de direitos adquiridos, como a licença-prêmio, pela reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), por melhores condições de trabalho, pela organização dos pagamentos dos servidores, pela oferta de cursos de formação continuada, pela garantia de uma jornada de trabalho justa e por condições dignas de ensino para os estudantes. Infelizmente, a atual gestão tem adotado um modelo de administração unilateral, sem diálogo e sem respeito pelos trabalhadores da educação.
A presidente do SINTEP em Lucas do Rio Verde, Márcia Bottin Barbosa, destaca a insatisfação generalizada da categoria. “Estamos exaustos de bater à porta do poder executivo e sermos ignorados. Educação se faz com respeito, valorização e diálogo. O prefeito precisa entender que ouvir os profissionais da educação não é um favor, é uma obrigação.”
O vice-presidente do SINTEP, Luiz Fernando Guimarães Zen, reforça a necessidade de uma gestão mais democrática. “A educação municipal está sendo conduzida sem qualquer participação dos trabalhadores. O silêncio da prefeitura diante das nossas reivindicações demonstra um total descaso com a categoria e com o futuro da educação em Lucas do Rio Verde.”
Já o diretor financeiro do sindicato, Eriksen Carpes, alerta para as consequências dessa postura. “Se o diálogo não acontece de forma natural, a categoria precisa se mobilizar para ser ouvida. Não descartamos nenhuma possibilidade, inclusive a paralisação das atividades ou até mesmo uma greve geral.”
Diante desse cenário, o SINTEP convoca todos os profissionais da educação para uma Assembleia Geral no dia 20 de fevereiro, onde serão deliberadas as próximas ações da categoria. É inadmissível que um setor tão essencial seja tratado com tamanha negligência. Se a prefeitura insiste em ignorar a voz da educação, a categoria está pronta para se fazer ouvir.