Num vai e vem de preços, o café arábica voltou a cair na abertura do pregão de Nova York nesta quinta-feira (20/2), depois de fechar em forte alta na véspera. Os lotes de maio operam a US$ 4,0065 a libra-peso, recuo de 2,73%.
Os picos dos contratos futuros evidenciam dois tipos de pressão: de um lado, fundos tentando sustentar os preços acima dos US$ 4,00 por libra-peso; do outro, empresas e produtores saindo das negociações do mercado futuro em razão das cotações e das projeções de oferta reduzida para a safra 2025/26 no Brasil.
Analistas ouvidos pela reportagem ponderam que, apesar da volatilidade, o café se manterá em patamares históricos pelo menos nos próximos três meses, pressionando a cadeia.
Nesta manhã, o cacau com entrega para maio também cai. Os preços estão em US$ 10.350 a tonelada, queda de 0,48%. A dinâmica reflete ajustes técnicos e a volatilidade característica desse mercado nas últimas semanas por causa das irregularidades e incertezas nas safras da África Ocidental.
Os contratos de açúcar demerara e do algodão com o mesmo prazo de entrega estão valorizados, ao contrário das outras commodities. No caso do açúcar, a alta é de 0,52%, que resulta na cotação de 19,49 centavos de dólar por libra-peso. A valorização é atribuída à expectativa de menor produção na Índia, estimada em 26 milhões de toneladas para a safra 2025/26, implicando em uma oferta menor para exportação.
Os contratos do algodão registram 0,12% de alta, cotados a 67,76 centavos de dólar por libra-peso.