Em assembleia realizada nesta quinta-feira (20), os profissionais da educação de Lucas do Rio Verde decidiram paralisar as atividades na próxima segunda-feira (24) em protesto contra a falta de diálogo com o Executivo municipal. A principal reivindicação da categoria é a reposição geral anual (RGA), além de outras demandas que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), não foram consideradas pela administração municipal desde novembro do ano passado.
De acordo com Márcia Bottin, presidente do Sintep subsede de Lucas do Rio Verde, a paralisação foi motivada pelo descaso do Executivo. “O que mais causou indignação foi justamente a falta de diálogo. Alertamos há meses que a categoria está insatisfeita, tanto em relação ao salário quanto a outras questões, mas não fomos ouvidos. Como não houve esse canal de comunicação, a categoria decidiu pela paralisação na segunda-feira”, afirmou.
Durante a assembleia, que reuniu centenas de profissionais, o professor Eriksen Carpes, responsável pela área financeira do sindicato, explicou que houve tentativas de mediação, mas sem avanços. “O professor Jackson Lopes tentou intermediar um diálogo com a prefeitura. A Câmara nos recebeu bem e ouviu nossas demandas, mas sabemos que a decisão não cabe a ela, e sim ao Executivo. Agora estamos tentando essa articulação para que o prefeito nos receba”, disse.
A mobilização já está sendo organizada para minimizar transtornos à comunidade escolar. Márcia destacou a importância de informar os pais sobre a paralisação para que possam se preparar. “A educação não é só ensino, tem um papel social. Sabemos que isso impacta as famílias, por isso estamos comunicando as escolas para que todos possam se organizar”, pontuou.
Na segunda-feira, a categoria pretende se concentrar em frente à Câmara Municipal a partir das 8h e, em seguida, existe a possibilidade de um ato em frente à Prefeitura. Ao longo do dia devem ocorrer novas mobilizações. O Sintep também afirmou que a administração municipal já tentou barrar a paralisação, mas o setor jurídico do sindicato garantiu que o movimento segue dentro da legalidade.
A categoria aguarda um posicionamento da prefeitura e reforça que a paralisação poderia ter sido evitada caso o Executivo tivesse aberto um canal de diálogo. O Sintep seguirá mobilizado e pode anunciar novas ações caso não haja avanços nas negociações.