Um levantamento recente da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) revela que 106 cidades de Mato Grosso estão sob risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O estudo, que analisou dados de 135 dos 141 municípios do estado, também identificou a presença do Aedes albopictus, um mosquito “primo” do Aedes aegypti, em 63 localidades.
O Aedes aegypti é o principal vetor dessas doenças, mas o Aedes albopictus, embora menos conhecido, também pode transmiti-las. Sua presença em quase metade dos municípios mato-grossenses (44,68%) aumenta a preocupação das autoridades de saúde.
Níveis de risco em Mato Grosso
O levantamento da SES-MT, feito através do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa/LIA), classifica os municípios em diferentes níveis de risco:
- Risco: 33 cidades (23,4%)
- Alerta: 73 cidades (51,8%)
- Satisfatório: 29 cidades (20,6%)
- Sem informação: 6 cidades (4,2%)
Ações e prevenção
Diante desse cenário, a SES-MT intensificou as ações de combate aos mosquitos, com foco na eliminação de focos de água parada, onde os mosquitos se reproduzem. A participação da população é fundamental, com a limpeza de terrenos, casas e outros locais que possam acumular água.
Aumento de casos
Mato Grosso tem registrado um aumento significativo de casos de dengue e chikungunya em 2025. Nos primeiros 48 dias do ano, foram confirmados 5.391 casos de dengue e 10.020 de chikungunya. Em comparação, durante todo o ano de 2024, foram 21.373 casos de chikungunya e 40 mil de dengue.
A chikungunya já causou 13 mortes em 2025, com outras 7 em investigação. Em 2024, não houve óbitos pela doença. A dengue registrou uma morte confirmada e 5 em investigação em 2025.
A vacina contra a dengue está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos pelo SUS. A vacinação é uma importante ferramenta para proteger a população contra a doença.
As autoridades de saúde reforçam o alerta para a importância da prevenção e do combate aos mosquitos, especialmente em áreas de maior risco. A limpeza dos quintais, o uso de repelente e a procura por atendimento médico em caso de sintomas são medidas essenciais para evitar a proliferação das arboviroses e proteger a saúde da população.