Abelhas sem ferrão: na Amazônia, FAO investe na capacitação de mulheres na atividade

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De um total de 600 espécies de abelhas sem ferrão conhecidas, o Brasil abriga mais de 250. Esses insetos, além de essenciais para a produção de alimentos em ecossistemas tropicais e subtropicais, podem representar uma alternativa de renda para comunidades rurais.

Com estratégias defensivas não agressivas, as abelhas sem ferrão têm manejo facilitado, promovendo a produção sustentável de mel e a polinização de cultivos sem riscos para os agricultores. A fim de explorar esse potencial, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tem desenvolvido capacitações sobre a meliponicultora.

A primeira atividade presencial do projeto foi realizada em fevereiro, com agricultoras de Paragominas (PA), na Amazônia Oriental. “O objetivo desta capacitação foi empoderar as mulheres, proporcionando conhecimentos práticos e ferramentas para desenvolver atividades relacionadas à meliponicultura, contribuindo assim para a sustentabilidade dos ecossistemas e para a segurança alimentar da região”, explicou Andrés González, Oficial de Pecuária Sustentável, Sanidade e Biodiversidade Animal da FAO.

abelhas sem ferrão no Paráabelhas sem ferrão no Pará
Foto: Ronaldo Rosa/FAO

A FAO, por meio de sua Estratégia de Integração da Biodiversidade no Setor Agroalimentar e do Plano de Ação 2018-2030, desenvolve esforços na região para proteger os polinizadores. Cursos online como “Abelhas sem ferrão: uma introdução à meliponicultura e Abelhas da América Latina: uma introdução à sua identificação taxonômica”, estão disponíveis na plataforma da FAO e já qualificaram cerca de 4 mil pessoas.

“A FAO reafirma seu compromisso com a preservação dos polinizadores, reconhecendo seu valor ecológico, ambiental e cultural, ao mesmo tempo que promove a igualdade de gênero nas comunidades rurais”, destacou Andrés González.

Esse trabalho está alinhado com a Iniciativa Internacional para os Polinizadores, que promove medidas abrangentes e sustentáveis para manter os polinizadores, dos quais dependem 90% das plantas silvestres e 75% das culturas agrícolas que alimentam o mundo.

Além das abelhas, outros insetos também desempenham o papel de polinizadores, como as vespas, borboletas, moscas, mamangavas, formigas, besouros e mariposas, além de espécies de maior porte, como o beija-flor e o morcego.

As capacitações em Paragominas foram realizadas em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (ABELHA).

Foto: Ronaldo Rosa/FAO

Canal Rural

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