O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,6 ponto porcentual na passagem de janeiro para fevereiro, a 94,3 pontos, informou nesta terça-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Este foi o menor nível do índice desde março de 2022, quando a confiança foi de 93,5 pontos.
“A falta de mão de obra e aumento dos custos continuam pressionando as empresas nos primeiros meses do ano. A queda na confiança pelo segundo mês consecutivo traduz uma percepção mais negativa da situação corrente de negócios”, destacou, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo.
Ela ainda avalia que a sondagem de fevereiro também apontou uma desaceleração da atividade relativa ao último trimestre de 2024, com o crescimento do porcentual de empresas que indicaram redução da atividade recente.
Contudo, como as empresas também mostraram maior disposição de contratar mão de obra nos próximos três meses, essa desaceleração deve ser revertida.
Houve, nesta leitura, recuo de 2,1 pontos no Índice de Situação Atual (ISA-CST), a 93,7 pontos – menor nível desde maio de 2022 -, enquanto houve avanço de 1 ponto no Índice de Expectativas (IE-CST), a 95,2 pontos.
A queda do ISA-CST foi puxada pela recuo do indicador de situação atual dos negócios, que caiu 2,8 pontos, a 92,8 pontos, e pelo indicador de volume de carteira de contratos, que cedeu 1,5 ponto, a 94,5.
Já no IE-CST, os dois componentes subiram: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses avançou 1,8 ponto, a 97,8 pontos, e o indicador de tendência dos negócios subiu 0,2 ponto, a 92,5 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção subiu 1,4 ponto porcentual, para 80,6%. O Nuci de Mão de Obra subiu 1,8 ponto, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos ficou estável.
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