O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), grande aliado de Jair Bolsonaro (PL), disse nesta terça-feira (25) que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o ex-presidente, é questão de “forçação de barra” e “revanchismo”.
“Se você pegar… é uma forçação de barra. Você tem, hoje, uma questão de revanchismo. Deixa as paixões de lado, desconsidera você gostar ou não da pessoa, vamos para aquilo que é importante em termos de se pensar em denúncia ou condenação de alguém. Vamos para as evidências. Nada do que é apresentado mostra alguma conexão ou relação”, disse o governador durante uma agenda pública.
Ele afirma que denúncia é uma forma de “responsabilizar pessoas que não tem responsabilidade”.
“A gente não pode partir para esse tipo de vulgarização porque isso é perigoso”, continuou.
Tarcísio também comentou os áudios divulgados pela Polícia Federal (PF) na última segunda-feira (24) e que revelam discussões, por parte de militares, sobre a suposta trama golpista.
“Ontem, eu estava vendo lá os áudios que divulgaram… o que tem os áudios? Em termos de responsabilidade objetiva, absolutamente nada, nada. Então, sinceramente, tem muita forçação de barra nisso”, completou.
Bolsonaro e mais 33 foram denunciados
A Procuradoria-Geral da República denunciou, no último dia 18, 34 pessoas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
Todos foram denunciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O ex-presidente será julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que, de acordo com apuração da CNN, tende a ser unânime para torná-lo réu.
No dia da denúncia, o governador também se pronunciou sobre o assunto, se colocando ao lado de Bolsonaro.
“Jair Bolsonaro jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito”, publicou em rede social na ocasião.