IPCA-15 de fevereiro reforça postura mais dura do Copom, dizem analistas

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A alta de 1,23% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do Brasil, reitera a avaliação do mercado de que a curva de juros no país deve ficar pressionada por mais tempo.

Analistas consultados pela CNN disseram que a prévia da inflação de fevereiro trouxe certo “alívio” em relação aos dados que eram esperados, mas que a inflação persistente ainda é um obstáculo a ser enfrentado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

“Apesar de alguns dados positivos, muitos ainda permanecem muito acima do limite superior da meta de inflação. Esse cenário, somado à desancoragem das expectativas, gera preocupação para o Banco Central. Nossa expectativa é de uma alta de um ponto na próxima reunião. Vamos chegar a um pico de 15,25% no meio do ano, que deve se manter nesse patamar até o final de 2025”, afirmou o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.

Outros analistas também indicam que o resultado do IPCA-15 reforçam a hipótese de elevação da taxa básica de juros em até 1 ponto percentual para conter a alta dos preços.

O IBGE publicou os dados nesta terça-feira (25). Trata-se da maior alta mensal do indicador desde abril de 2022 (1,73%) e a maior elevação para o mês de fevereiro desde 2016, quando registrou 1,42%.

O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, reiterou as projeções de alta para o IPCA de 1,45% (5,21% a/a) em fevereiro de 2025 e para os anos de 2025 (5,91%) e 2026 (4,57%).

Por outro lado, o economista do ASA afirma que o IPCA deve ser revisto para baixo, “por conta da leitura mais fraca nos serviços”.

“As expectativas do mercado devem absorver a surpresa baixista no Focus de curto prazo nas próximas semanas, mas não se espera impacto nos anos seguintes. Para a política monetária, o núcleo de serviços ainda indica resistência em patamar elevado”, disse.

O IPCA-15 é calculado com base em uma cesta de consumo das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos. O índice calcula a variação dos preços nos 30 dias finalizados na metade de cada mês, sendo os dados deste mês coletados entre 15 de janeiro de 2025 e 12 de fevereiro. As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia, fazem parte do levantamento.

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