O efeito da inflação dos alimentos em pequenos negócios

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O aumento no preço dos alimentos tem deixado a refeição dos brasileiros mais cara e continua sendo debate. Apesar da prévia da inflação de fevereiro apontar uma desaceleração nos preços dos alimentos em relação à janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) indicou a alta de 0,61%. Alcance percentual de menor proporção desde setembro de 2024.  

A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O IPCA-15 funciona como prévia da inflação.

Já o IPCA, que mede oficialmente a inflação dos principais produtos e serviços consumidos no Brasil, apontou recuo de 0,16% em janeiro.

De acordo com o  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta foi a menor taxa para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994. 

Apesar da ligeira retração no índice geral, o grupo formado por Alimentação e Bebidas registrou alta de 0,96% em janeiro, quinto aumento consecutivo. 

Enquanto a alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciada pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%) e do café moído (8,56%); a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro.

De acordo com o Sebrae, apesar dos desafios, esta inflação também pode abrir oportunidades para os pequenos empreendedores que adotarem estratégias inteligentes para prosperar em ambiente dinâmico.

“Negócios que conseguem se adaptar rapidamente às mudanças de preços e custos, renegociando contratos com fornecedores e otimizando processos produtivos, tendem a sair fortalecidos”. Giovanni Bevilaqua, coordenador de Acesso ao Crédito e Investimentos do Sebrae.

Para o Sebrae, a alta da inflação, influenciada pelo aumento dos juros e pela desvalorização do real frente ao dólar, pode impactar nos custos das empresas.

Além dos motivos relacionados ao mercado, pequenos produtores rurais também passam por desafios com a oscilação do clima, aumento de pragas, entre outros.

Mas Giovanni Bevilaqua afirmou que a busca do consumidor por alternativas mais baratas pode impulsionar o crescimento de marcas próprias e soluções mais acessíveis, abrindo um novo espaço aos empreendedores.

No intuito de criar formas para reduzir o efeito da inflação na rotina dos pequenos negócios, o Sebrae orienta:

  • Conheça a sua real situação: empreendedores dos ramos de alimentação (como restaurantes, padarias e mercearias) tendem a ser mais afetados com o aumento do preço dos alimentos. Conhecer a sua real situação financeira e elaborar estratégias contribuem para evitar, quando possível, os repasses ao consumidor, que também sofre com a alta de preços.
  • Fique atento à gestão financeira: invista no planejamento orçamentário, monitorando de perto os custos e margens de lucro. Nesse contexto, a boa gestão das finanças torna-se um diferencial competitivo. Coloque os custos em ordem de prioridade: a gestão financeira e o fluxo de caixa devem ser feitos com muita atenção.
  • Mude: a diversificação de fornecedores e a adoção de estratégias de precificação mais dinâmicas podem ajudar a mitigar os efeitos da inflação.
  • Negocie: renegocie dívidas, preços com fornecedores, aluguéis, taxas e financiamentos com instituições financeiras e o que mais pesar no orçamento da empresa.
  • Inove: programas de fidelização e diferenciação de produtos ou serviços podem contribuir para manter a clientela, mesmo em um ambiente de alta de preços.

Canal Rural

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