Planalto vê anúncio de vacina contra dengue como saída honrosa para Nísia

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (25), um acordo para a produção da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue.

Segundo fontes relataram à CNN, a medida está sendo vista como uma estratégia do Palácio do Planalto para que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, deixe o cargo de forma honrosa, em meio a críticas sobre sua gestão.

Desde o ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus aliados vinham cobrando ações mais efetivas de Nísia. Na avaliação de integrantes do governo, faltou empenho na distribuição de vacinas, no combate à dengue, na comunicação e na articulação política.

Segundo auxiliares de Lula, Nísia foi chamada para uma conversa privada com o presidente, oportunidade em que a ministra deve ser comunicada sobre sua saída do primeiro escalão.

A troca na Saúde, deve ser a primeira de uma série de mudanças que podem ser promovidas pelo chefe do Executivo nos próximos dias, diante de uma crise de popularidade no governo.

A ministra deve ser substituída pelo atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é médico e ocupou o posto durante o governo Dilma Rousseff(PT), entre 2011 e 2014.

Vacina nacional contra a dengue

Nesta terça, o governo anunciou um acordo para a produção em larga escala da primeira vacina nacional e em dose única contra a dengue. O objetivo é ofertar 60 milhões de doses anuais a partir de 2026.

O imunizante, produzido pelo Instituto Butantan, é estudado desde 2009 e está em fase final de desenvolvimento. A pendência é a etapa de registro, autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda precisa ocorrer antes de a vacina ser disponibilizada para a população.

Hoje, existem duas vacinas contra a dengue no Brasil, ambas importadas. Devido à baixa capacidade de produção mundial do imunizante, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina apenas para crianças entre 10 e 14 anos – público com maior risco de desenvolver sintomas graves da doença. O restante da população pode adquirir o imunizante de forma particular.

A produção nacional da vacina do Butantan visa ampliar o público que pode ser vacinado pela rede pública para aqueles com dois a 59 anos, aumentando a imunização geral dos brasileiros e diminuindo os casos de dengue a longo prazo.

A ideia é que a vacinação se torne o principal meio de enfrentamento à doença no país. De acordo com o governo, o investimento total para a ação será de R$ 1,26 bilhão.

Em 2024, diferentes regiões do Brasil tiveram registros recordes de casos de dengue. Foram 6.041 mortes, uma alta de 400%, superando os óbitos por Covid-19.

De acordo com o Ministério da Saúde, o aumento significativo do sorotipo 3 do vírus da dengue é uma das preocupações para 2025. A pasta aposta em novas tecnologias de combate ao mosquito Aedes Egypt para evitar que a situação do ano passado se repita.

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