O advogado José Luis Oliveira de Lima, que defende o ex-ministro Walter Braga Netto, se reuniu com o ministro Cristiano Zanin, nesta quarta-feira (26), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Braga Netto, junto a Jair Bolsonaro (PL) e outras 32 pessoas foram denunciadas no âmbito da tentativa de golpe de Estado. O caso será apreciado pela Primeira Turma do Supremo, que é presidida por Zanin.
O advogado do ex-ministro disse que foi à Corte “ratificar a importância do julgamento dessa magnitude, o direito de defesa tem que ser sagrado”.
“Uma mácula nesse julgamento com violação de direito de defesa fica manchado, pedi ao ministro Zanin, que estava até há pouco do outro lado, é que o direito de defesa seja garantido”, afirmou.
“Eu afirmo que a defesa não teve acesso a todas as peças”, reforçou.
A defesa de Braga Netto já havia dito que não obteve todos os documentos da denúncia, incluindo a íntegra da delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Segundo Cid, o ex-ministro foi peça-chave no plano de golpe e passou para ele uma sacola de vinho com dinheiro para possibilitar a insurreição.
Mais cedo, o relator do processo, Alexandre de Moraes, negou um pedido do advogado para mais tempo de resposta.
Os denunciados são suspeitos dos seguintes crimes:
- organização criminosa armada
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- golpe de Estado
- dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima
- deterioração de patrimônio tombado
Braga Netto está preso desde o fim do ano passado.
