Os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE, expõem a persistência da desigualdade racial nas universidades de Mato Grosso.
A desigualdade, que tem raízes históricas no Brasil, se manifesta na baixa representatividade de estudantes negros em cursos de alta demanda, como Medicina, onde apenas 3,7% dos formados são negros.
Essa disparidade evidencia a existência de barreiras que dificultam o acesso de estudantes negros ao ensino superior, especialmente em cursos mais elitizados.
Disparidades nos Cursos de Medicina e Odontologia
- Medicina: Apenas 3,7% dos formados em Medicina em Mato Grosso são negros, enquanto 62,2% são brancos.
- Odontologia: A graduação com maior predominância de pessoas brancas em Mato Grosso, com 68,1% dos profissionais formados pertencentes a esse grupo.
Diversidade na Formação de Professores
Em contraste com os cursos de Medicina e Odontologia, a formação de professores sem área específica apresenta uma distribuição racial mais equilibrada: 37,4% são brancos, 51,3% pardos e 10,1% negros. Esse cenário reflete a maior presença de estudantes de baixa renda e oriundos de escolas públicas nesses cursos.
Equidade Racial Ainda Longe da Realidade
O IBGE ressalta que a distribuição da população com nível superior completo por cor ou raça varia significativamente de acordo com a área do curso concluído, indicando que a equidade racial no ensino superior ainda está longe de ser uma realidade em todas as profissões. A persistência dessas disparidades exige a implementação de políticas públicas eficazes que promovam a inclusão e a igualdade de oportunidades no ensino superior.