A atuação da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, na eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi determinante para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a escolhesse como ministra da Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República.
“Na hora H, quem bancou o PT a apoiar o Hugo foi ela”, disse um aliado próximo à CNN logo após o anúncio oficial do presidente Lula sobre a decisão.
Na visão de auxiliares, a escolha de Gleisi passa pelo entendimento de Lula de que a deputada tem boas relações e entradas com nomes do Centrão para além do presidente da Câmara. Um desses nomes é o do líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL).
A aliados, Hugo Motta pediu para não criticarem Gleisi após a indicação à SRI justamente pela ajuda dela na eleição do presidente para o comando da Casa.
A escolha de Gleisi para comandar a articulação política do governo com o Congresso Nacional foi anunciada pelo Palácio do Planalto no início da tarde desta sexta-feira (28). Em nota, a Presidência informou que Lula se reuniu com a deputada nesta manhã para oficializar o convite.
“Gleisi vai substituir o atual ministro da SRI, Alexandre Padilha, que foi recém indicado para o Ministério da Saúde. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março”, diz o texto.
Padilha foi realocado para a Saúde, após Lula demitir a atual ministra Nísia Trindade. Ele assumirá oficialmente a pasta em 10 de março, mesma data na qual Gleisi assume a pasta que hoje está sob comando de Padilha.
*Com informações de Jussara Soares, da CNN