A aparição do oligarca russo Dmitry Mazepin nos testes de pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein causou polêmica e levantou questionamentos nesta sexta-feira (28) sobre sua presença no paddock.
Mazepin é pai de Nikita Mazepin, ex-piloto da equipe Haas, que foi dispensado após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
Dmitry Mazepin é descrito pela União Europeia como um “membro do círculo mais próximo” do presidente russo Vladimir Putin e continua na lista de sanções do bloco – da qual seu filho foi removido no ano passado.
As sanções da UE não se aplicam no Bahrein, e não está claro como Mazepin obteve acesso ao paddock.
“Dmitry estava em uma visita pessoal. Ele mantém amizade com muitas pessoas da família da Fórmula 1 e ficou feliz em reencontrá-las no Bahrein”, afirmou um representante do empresário à ESPN, sem esclarecer quem concedeu o passe de acesso.
Oliver Oakes, chefe da equipe Alpine na Fórmula 1 e ex-líder da Hitech – equipe júnior apoiada por Mazepin antes da guerra na Ucrânia –, confirmou ter cumprimentado o oligarca.
“Sim, ele é meu amigo, sim, já trabalhamos juntos na Hitech. Ele estava aqui encontrando outro amigo. Foi bom vê-lo. Não vou entrar nesse assunto, o mundo é um lugar louco”, disse Oakes a jornalistas.
A Haas encerrou, em 2022, seu contrato de patrocínio com a empresa russa de fertilizantes Uralkali, então controlada por Mazepin. Após uma disputa judicial e a visita de oficiais de justiça durante o Grande Prêmio da Holanda, a equipe norte-americana devolveu o saldo do contrato no ano passado.