Carnaval e calorão: especialistas alertam para cuidados durante a folia

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O Carnaval 2025 vai ser de calor intenso e pancadas de chuvas pelo Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na sexta-feira (28), começou a quinta onda de calor do país nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste.

A temperatura pode chegar aos 36ºC no Rio de Janeiro e superar 34ºC em São Paulo. No Mato Grosso do Sul, as temperaturas podem alcançar os 38ºC durante o feriado de carnaval.

Mesmo com a alta das temperaturas, o meteorologista Paulo Lombardi, da Tempo OK, alerta para as chances de chuva. “Algumas nuvens carregadas podem se formar no período da tarde por conta do calor muito intenso e não se descarta a possibilidade de pancadas de chuva entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro”, explica.

No entanto, a chuva deve se concentrar mesmo na região Centro-Oeste, parte do Norte e em áreas do Nordeste. “Os acumulados mais elevados ocorrem na faixa norte do Maranhão e do Pará, devido a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), próxima ao continente. Nas outras áreas, a chuva é isolada e com acumulados mais baixos”, destacou Lombardi.

Na região Sul, mesmo com temperaturas altas, o céu vai ficar nublado e com chances de temporais localizados com risco de trovões e granizo.

O Galo da Madrugada, maior bloco do mundo e tradicional no carnaval de Recife, deve desfilar neste sábado (1) com possibilidade de chuvas rápidas. A máxima deve ser de 31ºC e a mínima de 25ºC na capital pernambucana. Em Salvador, nos quatro dias de carnaval, as temperaturas variam entre 23ºC e 29ºC.

“A grande quantidade de pessoas nos blocos e trios elétricos pode causar desconforto térmico nos foliões. Então, mesmo que a temperatura não seja extrema, é importante levar sempre uma garrafa com água”, alerta o meteorologista.

Mas que calor, ô ô ô

A curtição do Carnaval deve vir acompanhada de cuidados redobrados por conta do calor e altas temperaturas. À CNN a dermatologista Larissa Montanheiro, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, recomendou o uso de protetores solares com fator mínimo 30.

“Como é Carnaval, a cada duas ou três horas, vai suar, vai pular, então, tem que ter aplicação para não perder o efeito. E não esquecer de aplicar também atrás da orelha”, disse. Durante a festa, a orientação é para se proteger do sol com bonés ou chapéus, e de preferência usar roupas leves e claras.

O cuidado com a desidratação é importante. “Lembrar dos alimentos que são mais hidratantes, como a melancia, o pepino, o melão, que ajuda a reter mais água no organismo”, salientou a dermatologista. Também é válida a atenção com alimentos de rua, que podem desencadear infecções intestinais.

Segundo a médica intensivista Júlia Vargas, coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e da Unidade de Internação do Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, a insolação também merece atenção. “A insolação é ainda mais grave e pode apresentar confusão mental, febre alta, desmaios e pele quente e avermelhada, sem suor. Persistindo os sintomas, havendo febre alta e vômitos frequentes, é essencial procurar atendimento médico imediatamente”, afirmou.

Tradicional componente da folia, o álcool deve ser consumido com moderação. Por dilatar os vasos sanguíneos, bebidas alcoólicas aumentam a sensação de calor e dificultam a regulação térmica do corpo. O recomendável é que o consumo seja intercalado com água e também que evite ser feito sob o sol intenso.

Aos foliões que pretendem aproveitar todos os dias de Carnaval, a médica alerta não apenas para a reposição dos líquidos, mas, também, para outros pontos que ajudam na recuperação do corpo. “É importante a reposição de eletrólitos, através de isotônicos, água de coco ou soro caseiro para repor sódio e potássio perdidos”, ressalta Vargas.

“Para a recuperação do corpo, também são fundamentais o repouso adequado – o sono ajuda a restaurar os níveis de energia e reparar os tecidos musculares – e banho morno ou frio, que ajuda a reduzir o superaquecimento corporal e relaxar os músculos”, explica.

As pessoas com doenças cardíacas, hipertensão, diabetes e outras condições crônicas devem evitar a exposição prolongada ao sol. Segundo a médica, essa exposição pode sobrecarregar o sistema cardiovascular. Além disso, devem evitar excessos de álcool e alimentos gordurosos. “ É importante observar sinais de alerta, como palpitações, falta de ar, dor no peito e tontura. Se ocorrerem, procurar atendimento médico imediato”, orienta a médica.

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