O consumo de alimentos ultraprocessados tem sido associado a um risco aumentado de desenvolver mais de 30 doenças diferentes, conforme alerta uma pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP). Este dado preocupante foi revelado durante uma entrevista ao programa CNN Sinais Vitais.
Renata Levy, pesquisadora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, enfatizou a clara relação entre o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e a crescente prevalência de sobrepeso e obesidade em todo o mundo. “Alimentos ultraprocessados podem, inclusive, ser considerados causa de obesidade e sobrepeso”, afirmou Levy.
Impacto na saúde física e mental
A obesidade, por si só, é um fator de risco significativo para diversas doenças crônicas. Segundo a pesquisadora, o consumo de ultraprocessados não apenas contribui para a obesidade, mas também aumenta o risco de desenvolver outras condições de saúde graves.
Entre as doenças associadas ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, Levy menciona hipertensão, infarto e acidentes vasculares cerebrais. Além disso, a pesquisadora destaca uma associação preocupante com problemas de saúde mental.
“Há uma associação muito forte e consistente nos estudos de corte que vêm sendo publicados, em que se encontra uma relação entre o consumo desses alimentos ultraprocessados e desfechos de saúde mental, como depressão, ansiedade e perda cognitiva”, explicou Levy.