A proposta da família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, para compra do controle da Mobly parece ser inviável, uma vez que mais de 40% dos acionistas indicaram que não estão interessados na venda de ações dentro dos termos apresentados, afirmou a Mobly em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (5).
No final de semana de Carnaval, a Mobly informou ao mercado que recebeu na noite de sexta-feira (28) correspondência de membros da família Dubrule sobre a intenção de uma oferta pública de aquisições de ações (OPA) para compra do controle da Mobly.
Nesta quarta-feira (4), a empresa disse que, até o momento, “acionistas que representam, em conjunto, 40,6% do capital social da companhia já indicaram à administração da companhia não ter interesse em alienar suas ações nos termos da proposta”.
Isso impossibilitaria a aquisição mínima de 85 milhões de ações ordinárias (69,2% do capital total) da Mobly pela família Dubrule, mesmo se a OPA viesse a ser lançada, “de modo que a proposta parece ser de plano inviável”, acrescentou a empresa em fato relevante.
A Mobly anunciou em agosto do ano passado a compra do controle da Tok&Stok por meio de um aumento de capital, com a transferência da participação de 60,1% de fundos geridos pela SPX Capital na Tok&Stok para a Mobly, estimando sinergias de R$ 80 milhões a R$ 135 milhões por ano ao longo de cinco anos.
Agora, membros da família fundadora da rede de varejo de móveis tentam comprar o controle da companhia combinada, oferecendo R$ 0,68 por ação, um desconto de mais de 50% sobre o preço de tela do papel no fechamento de sexta-feira, de R$ 1,39.
A Mobly afirmou não ter planos para capitalização da companhia neste momento e disse que segue focada na implementação da estratégia de negócios e na captura de sinergias decorrentes da aquisição do controle da Tok&Stok.
O conselho de administração da companhia irá se manifestar sobre o mérito da potencial operação “caso e se um edital de OPA venha a ser publicado”, acrescentou.
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