Bolsonaro ironiza golpe e questiona legalidade das investigações

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com a imprensa nesta quinta-feira (6), pouco antes apresentar sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), e ironizou a acusação de tentativa golpe que pesa contra ele.

“Eu tramei com o Pateta, com o Pato Donald, com o Mickey Mouse, só pode ser isso aí“, afirmou, fazendo referência ao fato de que estava no estado da Flórida, nos Estados Unidos, no dia 8 de janeiro de 2023, quando aconteceram os ataques extremistas contra Sede dos Três Poderes, em Brasília.

“Estou sendo acusado de outras coisas, cinco itens, destruição de patrimônio, só se for por telepatia, eu não estava aqui. E digo, esse pessoal que estava aqui foi atrás de uma armadilha, e mesmo que não fosse, isso não é golpe de estado. Não existe golpe de Estado em cima de prédio, de pessoas”, adicionou Bolsonaro ao ser questionado sobre os argumentos de sua defesa.

O ex-presidente conversou com jornalistas no aeroporto de Brasília, logo após desembarcar. Ele afirmou ainda que não teria “força nenhuma” para instaurar um golpe de Estado no país e que havia nomeado, ainda durante a sua gestão, em dezembro de 2022, dois comandantes das Forças Armadas para o então candidato eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Um golpe depois de um nomear, em dezembro, dois comandantes de Força para o Lula […] Eu vou dar golpe sem força nenhuma? Lá da Disney?“, complementou.

“Divulgação seletiva” de informações

Jair Bolsonaro ainda afirmou que o STF fez uma divulgação seletiva de informações, se referindo aos vídeos dos depoimentos de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou um acordo de colaboração premiada homologado pelo STF em setembro de 2023.

“O que é que é uma delação premiada, desde quando você dá os seus dados, se apresenta, fulano de tal, endereço, então os advogados pediram a íntegra da delação e não a delação fracionada. Isso está no questionamento”, declarou.

Ainda nesta quinta-feira, a defesa do ex-presidente pediu que o caso fosse levado ao plenário, em vez de ser julgado pela 1ª Turma do Supremo, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O ex-presidente foi denunciado pela PGR pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  •  Golpe de Estado
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima
  • Deterioração de patrimônio tombado

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