Cuiabá enfrenta um cenário alarmante de superlotação em seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), impulsionado pelo aumento exponencial de casos graves de dengue e chikungunya.
A situação crítica foi confirmada pelo próprio prefeito Abílio Brunini (PL), durante visita a unidades de saúde da capital na noite de quinta-feira (6).
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) revelam a gravidade da situação:
- Dengue: 804 casos confirmados e 1 óbito.
- Chikungunya: 4.127 diagnósticos e 18 mortes.
O Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) opera em capacidade máxima, com UTIs adultas e pediátricas lotadas. A pressão sobre o sistema de saúde é intensificada pela crescente demanda por atendimento, levando à suspensão temporária de novos atendimentos no Pronto Atendimento infantil do Hospital Estadual Santa Casa, no final de fevereiro.
Diante do surto, o prefeito Abílio Brunini faz um apelo urgente à população para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças. “Chikungunya está muito forte e vocês precisam nos ajudar a cuidar desses espaços para diminuir os casos”, declarou o prefeito.
A prefeitura busca soluções para a crise, com o prefeito prometendo melhorias no atendimento, incluindo a substituição de equipamentos danificados. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) implementou o Plano de Contingência Municipal para Arboviroses, visando prevenir e mitigar a propagação das doenças.
Alerta do CRM-MT
O Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) já havia alertado para a possibilidade de um aumento ainda maior de casos nos próximos meses, com o pico previsto para março e abril. O CRM-MT propôs a criação de centros de triagem para pacientes com sintomas de dengue e chikungunya, buscando desafogar as unidades de saúde.
O Plano de Contingência Municipal para Arboviroses, da SMS, estabelece três níveis de resposta, definidos pela avaliação de risco das doenças. O objetivo é garantir ações proporcionais às necessidades epidemiológicas do momento, abrangendo também outras arboviroses em ascensão, como febre amarela e febre do Oropouche.
A situação exige atenção redobrada da população e ação coordenada das autoridades para conter o avanço das doenças e garantir o atendimento adequado aos pacientes.