A Polícia Civil indicou a coautoria de “outros elementos“ no assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa. A declaração foi feita pelo diretor da corporação, Antenor Lopes, durante entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo.
O diretor afirmou que a investigação aponta para a participação de várias pessoas no crime, indicando a coautoria. Segundo a perícia, Vitória Regina apresentava sinais de tortura e foi assassinada em um local diferente de onde seu corpo foi encontrado. O cativeiro ainda não foi localizado.
Ainda de acordo com Lopes, a polícia investiga três suspeitos: o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinícius Moraes, Maicol Sales dos Santos e Daniel Lucas Pereira. Embora o ex-namorado afirme que não tinha contato com a vítima há meses, a polícia apurou que Vitória ligou para ele no dia do desaparecimento.
Na entrevista, o diretor afirma que a geolocalização do celular de Gustavo o coloca próximo à casa de Vitória no momento do crime. Maicol teve seu carro periciado após testemunhas o colocarem próximo ao local do desaparecimento. Um fio de cabelo encontrado no veículo passará por exame de DNA. Já Daniel teve o celular apreendido pela polícia, que investiga filmagens feitas por ele do trajeto entre o ponto de ônibus e a casa da vítima.
Prisão
A Polícia Civil de São Paulo prendeu Maicol Sales dos Santos, proprietário do carro que foi visto seguindo Vitória Regina pouco antes de seu desaparecimento. A prisão ocorreu no sábado (8) em Cajamar, na Grande São Paulo. Imagens de câmeras de segurança registraram o veículo perseguindo a jovem momentos antes dela desaparecer a caminho do ponto de ônibus após sair do trabalho em um shopping.
A Polícia Civil de São Paulo afirmou que contradições no depoimento de Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, motivaram a prisão dele. O suspeito foi até a delegacia na manhã deste sábado (8) para prestar depoimento na condição de testemunha e dono do carro que foi visto próximo da cena do crime. No entanto, ele disse aos policiais que no dia do crime estava em casa com a esposa, que foi ouvida logo depois.
Suspeito disse estar em casa, mas foi desmentido pela esposa.
O delegado seccional de Franco da Rocha, Luiz Carlos do Carmo, afirmou que um fio de cabelo encontrado no veículo será submetido a exame de DNA para verificar se pertence à vítima. O carro, um Chevrolet Onix branco, pertence a Maicol.
Na última quinta-feira (6), a justiça havia negado o pedido de prisão de Gustavo Vinícius Morais, ex-namorado de Vitória, e apontado como um dos principais suspeitos do crime. Ele foi uma das 11 pessoas já ouvidas até agora na investigação. O celular dele também foi apreendido.
Indícios de envolvimento
Na decisão, a juíza Juliana Diniz Junqueira, afirma existir “fortíssimos indícios de envolvimento” de Maicol com o crime. “Não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados”, disse. Segundo a magistrada, a contradição no depoimento sugere uma tentativa de obstruir a investigação.
A juíza afirmou, também, ser possível que o suspeito influencie outros depoimentos e comprometa o trabalho da polícia, fato que resultou no acolhimento do pedido de prisão temporária.
Os policiais também representaram pela prisão temporária de Daniel Lucas Pereira, no entanto, na decisão, a juíza negou o pedido. De acordo com ela, a única conexão de Daniel com o caso já foi, provisoriamente, esclarecida.
A magistrada ainda destacou que, até o momento, ele colaborou com a investigação. “Sendo praticada qualquer conduta cujo propósito seja obstruir ou dificultar as investigações, a medida poderá ser renovada e eventualmente deferida”, diz a decisão.
Também foi autorizado aos policiais cumprirem mandados de busca e apreensão nos endereços de Maicol e Daniel. A juíza determinou a quebra do sigilo telefônico dos celulares que forem apreendidos durante as diligências.
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