A colheita de milho no Paraná caminha para o seu final e, ao contrário da safra 2023/24, o clima voltou a ser parceiro dos produtores rurais. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), as produtividades médias chegam a variar entre 12 mil e 14 mil quilos por hectare em algumas regiões.
O estado do Paraná foi um dos que mais sofreu com as adversidades climáticas na temporada 2023/24, o que gerou perdas no campo.
“Acho que o Brasil inteiro teve. Esse ano nós conseguimos voltar a ter uma safra cheia e isso reflete, obviamente, nessa produtividade em torno de 12 mil, 13 mil, 14 mil quilos por hectare. É uma produtividade bastante grande, significativa, mas é justamente porque a agricultura aqui é feita com bastante investimento, biotecnologia, correção do solo, mecanização, assistência técnica”, pontua o presidente da Abramilho, Paulo Bertolini.


Em Tibagi, localizado na região dos Campos Gerais do estado do Paraná, o produtor Luiz Daniel Kozlowski caminha para o final da colheita do milho 2024/25. Conforme ele, o clima nesta temporada “foi agradável”.
“Estamos chegando ao fim de mais uma safra. Uma safra recorde aqui na fazenda. Nunca colheu tanto milho desde que foi fundada. É uma experiência muito boa”, diz ele ao projeto Mais Milho, do Canal Rural Mato Grosso.
A propriedade, comenta Luiz Daniel, deve encerrar o ciclo com uma produtividade média de 13,5 mil quilos por hectare, cerca de 230 sacas por hectare de média geral.
Além do clima, outro fator que vem animando os produtores de milho no Paraná é quanto ao preço da saca de 60 quilos, que está em torno de R$ 70.
“Um preço bom em relação ao ano passado. Estamos com bastante esperança”, salienta Luiz Daniel.


Custos altos podem impactar safra 25/26 de milho
Os resultados observados nas lavouras de milho no Paraná, conforme o RTV Agroceres/Bayer, Jonathan Adacheski, são decorrentes de vários fatores. Entre eles, além do clima, está o investimento realizado pelos produtores em tecnologia, como manejo adequado e híbridos de alto teto produtivo.
“Hoje se olharmos as produtividades que está tendo na região, o milho ele acaba rentabilizando muito mais do que a soja. Então, sem dúvida é um ano excepcional para a cultura e temos boas expectativas para a próxima safra”.
Apesar dos bons resultados, que podem trazer boa rentabilidade nesta temporada, o presidente da Abramilho, Paulo Bertolini, faz um alerta para o ciclo 2025/26 no que diz respeito ao custo de produção, principalmente em relação ao desembolso com os fertilizantes.
“O primeiro desafio que já estamos tendo são os custos dos fertilizantes, principalmente de nitrogênio e de fósforo. Então, se esses custos se mantiverem nos patamares que hoje estão, a gente vai ter uma redução de renda na próxima safra. E isso tem nos preocupado esses custos dos fertilizantes em especial”.
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