A sugestão de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, de trocar a filiação da Conmebol, que comanda o futebol da América do Sul, pela Concacaf, seria inédito. Porém, já houve na história do futebol um movimento inverso.
A ideia da gestora do Verdão veio após a entidade do futebol Sul-Americano aplicar uma punição ínfima ao Cerro Porteño após o caso de racismo contra Luighi, na última semana.
Times da Concacaf na Libertadores
Entre 1998 e 2016, os times do México, país que pertence à Concacaf (confederação dos países das Américas do Norte, Central e Caribe), participaram da Copa Libertadores da América, principal torneio de clubes da América do Sul, gerida pela Conmebol.
Ao contrário da sugestão de Leila, que tem um teor de protesto, os mexicanos foram convidados a “deixarem” o continente para disputarem o título com os sul-americanos.
Neste período, 18 clubes diferentes do México estiveram na Libertadores. Porém, havia uma regra que, caso algum mexicano fosse campeão, ele não poderia representar o torneio no Mundial de Clubes da Fifa, já que o vencedor da Concacaf tinha vaga garantida.
O Cruz Azul foi o primeiro mexicano a disputar uma final. Em 2001, o time foi superado pelo Boca Juniors e ficou com o vice. O Chivas Guadalajara, em 2010, e o Tigres, em 2015, também amargaram a segunda posição após perderem para Internacional e River Plate, respectivamente.
Desde a edição de 2017, a Libertadores não conta com os mexicanos. Os clubes da América do Norte não concordaram com algumas mudanças da Conmebol, como a extensão do torneio até dezembro e a distribuição de vagas.