O Supremo Tribunal Federal pautou, para a próxima semana, o julgamento em plenário virtual do caso em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se tornou ré por porte ilegal de arma.
O julgamento tem início na próxima sexta-feira (21) e previsão de término para uma semana depois, no dia 28 de março. Durante esse período, os ministros podem pedir vista (mais tempo para análise) ou destaque (o que envia a discussão para o plenário físico).
Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que está ciente da data do julgamento e reiterou confiança de Zambelli no Poder Judiciário do país.
“Confio plenamente na Justiça e acredito que, ao serem esclarecidos todos os fatos – especialmente a ocorrência de um disparo anterior ao momento em que fiz uso de minha arma, devidamente autorizada por porte federal – ficará evidente a minha inocência”, declarou a deputada.
Relembre o caso
Na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022, a deputada correu atrás de um homem, pela região dos Jardins, em São Paulo, com uma arma em punho.
Uma gravação mostra Zambelli atravessando a rua, em direção ao estabelecimento, segurando a arma de fogo.
Após a repercussão, ela mesma publicou um vídeo descrevendo o ocorrido. De acordo com a deputada, um grupo de homens teria tentado intimidá-la, e um deles a empurrou no chão. Ela diz ter apontado a arma na intenção de deter o sujeito até a chegada dos policiais militares.
No início de 2023, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Zambelli pelo porte ilegal e também por constrangimento mediante uso de arma. Em agosto do mesmo ano, o STF a tornou ré. Na ocasião, votaram para receber a denúncia o relator, Gilmar Mendes, e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Roberto Barroso, Dias Toffoli, Rosa Weber e Luiz Fux.