Como deve ser a dieta de quem tem lipedema, segundo especialista

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A atriz Barbara Reis, 35, revelou recentemente que está em processo de tratar um lipedema. A condição crônica se caracteriza por um acúmulo anormal de gordura geralmente em pernas e coxas e, em alguns casos, nos braços, e ocorre principalmente em mulheres, por conta de componente genético e hormonal.

Para quem vive com o lipedema, uma das preocupações mais comuns é encontrar formas eficazes de controle da doença. Em relato, Reis contou que adotou uma dieta 100% anti-inflamatória. Em entrevista à CNN, a médica nutróloga e pós-graduada em nutrigenômica Nattány Ríbeiro, disse que a alimentação desempenha um papel fundamental nesse processo.

Lipedema é um problema diário

Se não tratada, a doença traz uma limitação de atividade de vida diária. “A paciente pode apresentar limitações na mobilidade e dificuldade emocional devido à aparência e as dificuldades no controle dessa gordura corporal”, explica a especialista.

Outros sintomas são elencados pela médica:

  • Sensibilidade ao toque;
  • tendência a hematomas;
  • retenção de líquidos;
  • sensação de peso nas pernas.

Como deve ser a dieta de quem tem lipedema?

Conforme explica Nattány, o lipodema está fortemente ligado à inflamação crônica, porque o tecido gorduroso adiposo envolvido nessa condição apresenta uma má circulação e uma resposta inflamatória elevada, que vai levar a pessoa a ter dor, inchaço, e piora progressiva do quadro.

Por conta disso, o mais recomendado se torna uma dieta anti-inflamatória, como a da atriz.

“Se você tem uma dieta inflamatória, rica em açúcar, farinha, processados, ultraprocessados e embutidos, isso agravará o lipedema, aumentando a retenção de líquido, que aumenta a inflamação sistêmica, o estresse oxidativo, tornando o processo de perda de gordura ainda mais difícil”, ressalta a profissional.

“Por outro lado, se a gente adota uma dieta anti-inflamatória, a gente vai combater tudo isso, e proporcionar a redução do inchaço, controle da inflamação, e melhorar os sintomas num geral”, complementa.

Como deve ser a dieta anti-inflamatória para quem tem lipedema

Uma dieta saudável precisaria ser éica em alimentos naturais, antioxidantes e com propriedades anti-inflamatórias, segundo Nattány.

Alimentos recomendados:

  • Fonte de proteína magra: peixes, ovos, frangos;
  • gorduras boas: azeite de oliva, macate, castanhas;
  • verduras, legumes e frutas com efeito antioxidante: frutas vermelhas, laranja, kiwi, melancia e abacaxi;
  • Ervas e especiarias: cominho, gengibre, alho, canela e pimenta preta;
  • chás e infusões: chá verde, cavalinha e hibisco.

Alimentos que devem ser evitados: açúcar, farinha branca, pães refinados, alimentos ultraprocessados, embutidos e refrigerantes.

“Outro ponto muito importante na dieta é a hidratação e a prática regular de exercício físico.”

Não só quem tem lipedema deve apostar na dieta anti-inflamatória. Segundo Nattány, é a mais recomendada e benéfica para qualquer pessoa.

“Ela reduz a inflamação sistêmica, previne doenças como diabetes, doenças no coração, condições autoimunes. Promove a redução da inflamação do corpo, melhora a retenção de líquido e circulação, aumenta a energia e disposição, regula o intestino e fortalece a microbiota intestinal, melhora controle do peso e composição corporal”, conclui a especialista.

O que causa lipedema? Conheça sintomas e tratamentos para a doença

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