Uma paciente que retornou recentemente de uma região de mineração em Angola, no continente africano, encontra-se sob cuidados intensivos na UTI do Hospital São Luiz, em Cáceres, após ser diagnosticada com malária.
O estado de saúde da mulher é crítico. Antes de ser transferida para o hospital na terça-feira (11/03), a paciente de 44 anos recebia acompanhamento médico na UPA.
Acompanhamento e histórico da paciente
Conforme informações, a paciente estava sob monitoramento da Vigilância Sanitária. Profissionais de saúde da UPA confirmaram tanto o tratamento quanto a transferência para o Hospital São Luiz. Natural de Cáceres, a paciente teria passado um período em uma mina de diamantes em Angola.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) indicam que grande parte dos casos de malária no estado está associada a áreas de mineração. Em 2023, Mato Grosso registrou 1.105 casos da doença, com 718 ocorrendo em áreas de mineração e 87 em territórios indígenas.
Informações sobre a malária
A malária é uma doença infecciosa, febril e potencialmente grave. A transmissão ocorre principalmente pela picada do mosquito Anopheles, também conhecido como “mosquito-prego”, mas também pode ocorrer por transfusão de sangue contaminado, de mãe para filho durante a gestação (congênita) e por meio de seringas infectadas.
Os sintomas incluem febre alta, calafrios, sudorese intensa, dores de cabeça e musculares, perda de apetite, pele amarelada e fadiga. O período de incubação varia de 7 a 28 dias após a picada do mosquito.
O diagnóstico é realizado por meio de teste rápido em unidades básicas de saúde, com análise de uma amostra de sangue. O tratamento, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é feito com medicamentos orais e deve ser seguido rigorosamente.