Operação da Polícia Federal contra Vereadores de Mato Grosso por Fraudes Eleitorais ganha destaque nacional

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A Operação Escambo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (11), colocou Várzea Grande, em Mato Grosso, no centro das atenções do país. A ação investiga supostas fraudes eleitorais envolvendo pelo menos dois vereadores acusados de captação ilícita de sufrágio, conhecida popularmente como compra de votos. Com mandados de busca e apreensão cumpridos em residências e gabinetes dos envolvidos, a operação ganhou repercussão nacional ao expor práticas irregulares no processo eleitoral.

O que levou à operação?

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de ontem, terça-feira (11), em Várzea Grande (MT), a Operação Escambo Eleitoral, com o objetivo de combater crimes de captação ilícita de sufrágio, mais conhecida como compra de votos. Pelo menos dois vereadores eleitos em 2024 estão sendo investigados, e suas residências e gabinetes são alvos de mandados de busca e apreensão.

Mandados cumpridos e alvos da Operação

A operação cumpre quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo das Garantias do Núcleo II do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). Os vereadores investigados são Adilsinho (Republicanos) e Feitoza (PSB), ambos da Câmara Municipal de Várzea Grande. Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de compra de votos durante as eleições do ano passado.

Origem da investigação

Segundo a PF, a investigação teve início no dia 6 de outubro de 2023, data do pleito eleitoral, quando dois homens foram presos em flagrante praticando o crime de captação ilícita de sufrágio. Durante as investigações, os agentes identificaram que os vereadores investigados teriam se beneficiado de práticas ilegais, oferecendo vantagens como:

  • Pagamentos em dinheiro;
  • Fornecimento de água;
  • Distribuição de óleo diesel;
  • Outros benefícios em troca de votos.

Essas condutas configuram o crime de captação ilícita de sufrágio, previsto na legislação eleitoral brasileira.

Objetivo das medidas cautelares

As medidas cautelares adotadas pela PF visam coletar elementos que auxiliem na instrução da investigação em curso. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio e associação criminosa. As penas para esses crimes podem chegar a sete anos de reclusão.

Posicionamento da Câmara Municipal

Em nota oficial, a Câmara Municipal de Várzea Grande confirmou que houve mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos vereadores investigados. No entanto, destacou que não houve buscas na parte administrativa ou em outros gabinetes. A instituição reiterou seu compromisso com a legalidade e afirmou estar à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos necessários.

“Reiteramos o comprometimento da Câmara com a legalidade e o interesse público, colocando-nos à disposição da justiça para quaisquer esclarecimentos necessários”.

Impacto da Operação

A Operação Escambo Eleitoral reforça o compromisso das autoridades em combater irregularidades no processo eleitoral, garantindo transparência e integridade nas eleições. Para os investigados, além das possíveis consequências criminais, há o risco de perda do mandato caso fiquem comprovadas as práticas ilícitas.

MATO GROSSO – CenárioMT

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