Líderes da Câmara dos Deputados adiaram nesta quinta-feira (13) a definição sobre a divisão do comando das comissões permanentes. A escolha ficará para terça-feira (18), em reunião marcada para as 14h, conforme determinou o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). A expectativa é que os colegiados sejam instalados na quarta-feira (19).
Os chefes de partidos deverão indicar, na próxima semana, os nomes dos presidentes dos colegiados que escolherem chefiar, além da composição de todas as comissões.
Nesta semana, líderes acordaram que o MDB ou União Brasil deve chefiar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a depender de qual deles terá a relatoria do Orçamento do proximo ano. Outros impasses ainda estão sendo negociados.
A bancada governista busca contornar as escolhas do PL, de oposição ao governo e o maior partido da Casa. A sigla pleiteava a CCJ, mas decidiu cumprir o acordo fechado ainda na gestão de Arthur Lira (PP-PL) e abriu mão da pedida.
A principal resistência do PT envolve a presidência da Comissão de Relações Exteriores, que é cobiçada pelo PL. A sigla planeja indicar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o comando do colegiado, mas o PT é contra a indicação.
Como a CNN mostrou, o presidente da Câmara decidiu que não irá interferir na indicação do PL, que tem a maior bancada federal da Câmara. O regimento da Câmara permite que as maiores bancadas tenham prioridade na escolha das comissões que pretendem chefiar.
O PT deve pleitear as comissões de Educação e Direitos Humanos. Já o PL também tem interesse nos colegiados da Saúde, Segurança Pública e Minas e Energia. O PP deve pedir o comando das comissões de Agricultura e de Viação e Transportes.
De acordo com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ainda estão pendentes ajustes com partidos menores, mas todas as bancadas devem comandar ao menos um colegiado.