O Estado de São Paulo deve plantar 20.144 hectares de trigo em 2025, enquanto o Paraná deverá cultivar 17.959 hectares, de acordo com a projeção da Capal Cooperativa Agroindustrial, apresentada por Vanusa Freitas, gerente da unidade de Taquarivaí, durante a reunião da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, realizada nesta quinta-feira (13/3).
A área de cultivo em São Paulo apresentará uma redução em relação aos 21.272 hectares de 2024, enquanto no Paraná o cultivo de trigo deve crescer, comparado aos 16.400 hectares do ano passado.
A produção esperada pela Capal é de 55 mil toneladas de trigo em São Paulo e 59 mil toneladas no Paraná. O saldo de safra de 2024, por sua vez, é de 5.800 toneladas no Paraná e 8.800 toneladas em São Paulo.
De acordo com Vanusa, em 2025, há uma migração do plantio de milho safrinha para o sorgo nos dois Estados, uma decisão tomada pelos produtores devido a questões de risco e rentabilidade. O trigo, por outro lado, mantém-se como uma cultura estável.
Segundo a cooperativa Holambra, que realiza a negociação de sementes, “é certeza que teremos uma redução na área de trigo”, com uma migração para sorgo e milho safrinha. Segundo o especialista comercial da cooperativa, cerca de 97 a 98% do trigo já foi negociado.
A Cooperativa de Capão Bonito (CACB) espera uma área de cultivo de trigo de cerca de 4 mil hectares, com uma produtividade média de 3.600 quilogramas por hectare, ou 60 sacas por hectare. A produção total é estimada em 14,8 mil toneladas, com apenas 500 toneladas para comercialização.
Segundo o porta-voz da CACB, as áreas irrigadas foram destinadas, sobretudo, à cultura do milho safrinha, “deixando o trigo ainda mais dependente do clima favorável para o seu sucesso”. Ele também afirma que o produtor rural não está disposto a investir em adubação devido aos custos de fertilizantes, manejo de pragas e doenças.