Cuiabá: Para delegado, morte de menor grávida foi “um ritual”

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Uma adolescente de 16 anos foi vítima de um crime chocante. Ela foi asfixiada com cabos de internet e um saco plástico, antes de ser enterrada em uma cova rasa. O caso ocorreu no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, e seu corpo foi encontrado na manhã de quinta-feira (13).

Detalhes do Crime

O delegado Caio Albuquerque, responsável pelo caso na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, confirmou a brutalidade do assassinato em uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira (14). A menor, que estava grávida, teve sua filha retirada com vida por meio de um corte vertical em sua barriga.

“O abdômen foi aberto, o corte era extenso, indicando que houve uma cesariana forçada. A vítima foi enforcada, estrangulada e asfixiada. Encontramos cabos de internet em seu pescoço e um saco plástico cobrindo sua cabeça, possivelmente para impedir qualquer chance de sobrevivência. O crime teve características ritualísticas.” – declarou o delegado.

Enterro em Cova Rasa

O corpo foi encontrado parcialmente exposto, com partes das pernas visíveis. A casa onde o crime ocorreu pertence a familiares do casal.

Ambos foram detidos na quarta-feira, mas a suspeita continua presa. Outros dois homens chegaram a ser presos, porém foram liberados posteriormente.

Armadilha e Execução

Imagens de câmeras de segurança mostram a adolescente chegando à residência, onde foi atraída com a promessa de receber doações de roupas para seu bebê. O crime aconteceu dentro da casa ainda durante o dia.

“Era uma casa simples, com um pequeno quintal nos fundos. O corpo foi encontrado amarrado, com braços e pernas para trás. Uma cena de extrema violência”, destacou o delegado.

Prisão dos Suspeitos

No dia seguinte ao assassinato, o casal foi detido no Hospital e Maternidade Santa Helena, em Cuiabá. Eles tentavam registrar o bebê como se fosse filho deles quando foram abordados pela polícia.

De acordo com o delegado, a adolescente havia sido atraída até a casa sob o pretexto de buscar doações. Uma troca de mensagens entre a vítima e a suspeita mostra o momento em que combinaram o encontro:

“Você quer que eu leve aí para você ou o seu marido pode buscar?” – dizia a mensagem enviada pela investigada.

A equipe médica desconfiou da versão apresentada pelo casal, que alegava que o bebê havia nascido em casa. A polícia foi acionada e iniciou a investigação que levou à prisão dos suspeitos.

MATO GROSSO – CenárioMT

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