As forças de segurança esclareceram em menos de 24 horas o homicídio que vitimou uma adolescente de 16 anos, grávida de nove meses, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá- Mato Grosso. Uma mulher de 25 anos assumiu a autoria do crime e foi presa em flagrante nesta quinta-feira (13.3).
Ela foi autuada por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, mediante crueldade e com recurso que dificultou a defesa da vítima —, além de ocultação de cadáver e por registrar como próprio um parto alheio.
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (14), o secretário de Segurança Pública, coronel PM César Roveri destacou a importância do trabalho das equipes da Polícia Militar, Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e também dos profissionais do Hospital Santa Helena.
“As forças de segurança de Mato Grosso esclareceram o assassinato da adolescente grávida em menos de 24 horas. Desde o início do atendimento, todas as nossas forças de segurança atuaram de forma célere. A Polícia Militar atendeu a ocorrência no Hospital Santa Helena, onde os profissionais de saúde tiveram um papel fundamental na resolução deste caso. O casal foi encaminhado para delegacia e a Polícia Judiciária Civil iniciou as investigações e localizou o corpo da vítima, juntamente com a Politec. Foi um trabalho rápido, intenso e técnico desde o primeiro momento”, afirmou Roveri.
O delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Caio Fernando Albuquerque, explicou que, na noite anterior à entrada do casal no hospital, uma família de Várzea Grande havia registrado no Núcleo de Pessoas Desaparecidas o sumiço de uma adolescente grávida de nove meses.
“As ocorrências se conectaram, indicando que aquela adolescente desaparecida poderia ser a mãe da criança que estava no hospital”, afirmou o delegado.
“Toda a equipe do Núcleo de Desaparecidos e da DHPP iniciou as buscas pela adolescente e, rapidamente, com o trabalho dos investigadores, conseguimos localizar o local onde a vítima havia entrado, no bairro Jardim Florianópolis, infelizmente atraída para esse ambiente. A partir disso, descortinou-se este ato macabro que todos viram”, disse o delegado.
A Politec fez a remoção do corpo e confirmou que se tratava da adolescente desaparecida, cuja filha estava no hospital sob a guarda de um casal que se apresentava como os pais da criança.
O diretor-geral da Politec, Jaime Trevizan Teixeira afirmou que toda equipe realizou um trabalho preciso para obter o máximo de provas técnicas possível.
“O caso todo foi esclarecido em menos de 24 horas. Foi um trabalho rápido, com muitas informações chegando e precisando ser compiladas. Fomos até o local e fizemos um trabalho bastante apurado, com bastante detalhamento, para coletar todos vestígios. Os peritos que realizaram os exames no corpo têm mais de 10 anos de experiência, com amplo conhecimento técnico”, ponderou o diretor-geral.
Segundo Jaime Teixeira, outros exames seguem em andamento, pois o caso está apenas começando. “Tem muita investigação para acontecer. A Politec continua à disposição da Polícia Civil e da Segurança Pública para contribuir com os exames pertinentes ao caso. Além disso, está sendo analisado um conjunto de objetos encontrados na residência da suspeita, incluindo uma sacola e um fio de internet, para verificar se há indícios que possam apontar a participação de outras pessoas no crime”, afirmou.
O marido da suspeita e mais dois homens foram encaminhados à DHPP para prestar esclarecimentos e, posteriormente, liberados, pois, naquele momento, não havia elementos suficientes para a prisão em flagrante.
Contudo, as investigações continuam, e todas as informações estão sendo verificadas para identificar possíveis participações de outras pessoas, tanto na execução da vítima quanto em qualquer outro crime relacionado. Caso sejam confirmados novos envolvidos, as autorias serão devidamente individualizadas.