Clima e gripe aviária: os efeitos por trás da alta no preço do ovo

Publicidade

A recente alta no preço dos ovos e de outros alimentos no Brasil tem gerado preocupação entre consumidores e autoridades. Para entender melhor esse cenário, o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, compartilhou suas análises sobre as causas e perspectivas para a inflação.

Segundo Gala, um dos principais fatores para o aumento no preço dos ovos é a gripe aviária nos Estados Unidos.

“Foram mais de 30 milhões de galinhas sacrificadas nos Estados Unidos. Isso despertou uma alta de preço enorme por lá e atraiu produtores do Brasil também, e o preço do ovo subiu”, explicou o economista.

Além disso, Gala destacou que as mudanças climáticas também têm impacto direto nos preços dos alimentos.

“O aumento da temperatura faz com que as galinhas botem menos ovos. Então também até o aquecimento global está chegando até nisso”, afirmou.

Fatores que influenciam a alta dos preços

O economista apontou outros elementos que contribuem para o aumento generalizado nos preços dos alimentos:

  1. Questões climáticas que afetam diversos produtos agrícolas;
  2. Taxa de câmbio desvalorizada, que torna as exportações mais atrativas;
  3. Baixos salários no Brasil, que tornam o impacto da alta de preços mais significativo para a população.

Gala ressaltou que o problema estrutural mais grave é a baixa remuneração das pessoas no país. “Para quem ganha R$ 3.300 e gasta um terço praticamente da sua renda ou mais em alimentação, qualquer alta de 10% é insuportável”, explicou.

Perspectivas para o futuro

Apesar do cenário desafiador, o economista prevê uma queda nos preços de alguns itens específicos, como ovos e café, devido ao próprio mecanismo de mercado. “A alta explosiva de preços por si só já vai trazer esse equilíbrio de mercado. Vai aumentar muito nos próximos meses a produção de ovo no Brasil e no mundo e de café também”, afirmou Gala.

No entanto, ele alerta que o problema mais geral da alta de alimentos não será resolvido por completo. Gala estima que pode haver um alívio de 5% a 10% nos preços, mas não espera uma redução aos níveis de dois ou três anos atrás.

O economista também elogiou as medidas do governo de reduzir tarifas de importação, considerando-as um acerto que trará alívio no curto prazo. Além disso, ele sugere que uma taxa de câmbio mais próxima de R$ 5,00 ou R$ 5,50 por dólar poderia ajudar a conter a alta dos preços dos alimentos.

Entenda as medidas do governo para baratear alimentos

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

Economia – Confira notícias da Editoria | CNN Brasil

Compartilhe essa Notícia:

publicidade

publicidade

plugins premium WordPress