Um mês passou desde o rebaixamento do Paraná Clube no Campeonato Paranaense.
Mais especificamente, 33 dias transcorreram desde a previsível derrota fora de casa para o Cianorte, que sacramentou a terceira queda do Tricolor na história da disputa.
Desde então, a diretoria liderada oficialmente pelo presidente Ailton Barboza, e extraoficialmente pelo empresário Carlos Werner, segue em silêncio.
Silêncio que, neste caso, é plausível e tem explicação: é atestado de culpa.
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Sem palavras para justificar a bagunça de 2025, os gestores se calam. É compreensível. Quando não se tem nada de útil para falar, o melhor mesmo é se esconder.
Quando, com mais recursos e possibilidades, o time montado pelo xodó de Werner, Fernando Miguel, conseguiu ser pior que clubes como Andraus e São Joseense, ambos de estrutura precária e também sem calendário nacional, o que argumentar?
Quem sabe, com o tempo, a torcida se esqueça ou se canse de cobrar. Esta é a esperança nos corredores da Kennedy.
Paraná Clube: ainda há saída digna para gestores
Aliás, o único pronunciamento de Barboza após a queda foi um desastre: em uma das piores e mais insensíveis entrevistas de um presidente na história do clube, alegou “não ser do meio” e que “faltou tempo” para acompanhar o dia a dia.

Agora, nos bastidores, Barboza tenta culpar a imprensa por ter sido “mal interpretado”. Balela de quem terceirizou o clube e, agora, terceiriza o efeito das próprias palavras.
Repito: as declarações deveriam ter sido seguidas da renúncia do mandatário. Ainda há tempo de Barboza deixar o posto de forma digna.
Já o sentimento em relação a Carlos Werner é diferente: é de pura decepção.
Se um dia o torcedor paranista sonhou em encontrar no empresário um Petraglia para chamar de seu, a postura melindrosa nos momentos de dificuldade já deixou claro que tudo não passou de ilusão.