Mato Grosso enfrenta uma grave crise de saúde pública em 2025, com um surto de chikungunya que sobrecarrega hospitais e unidades de pronto-atendimento. O estado se consolidou como o epicentro da doença no país, apresentando números alarmantes que superam significativamente os de outras regiões.
Até o momento, foram confirmados mais de 21 mil casos de chikungunya, resultando em uma incidência de 564,3 casos por 100 mil habitantes, um número quase seis vezes maior que o do segundo estado com maior incidência. Além disso, foram registradas 23 mortes confirmadas e outras 12 em investigação, representando a maior parte dos óbitos por chikungunya no Brasil.
O sistema de saúde do estado está sobrecarregado, com hospitais e UTIs lotados, devido à grande procura por atendimento por pessoas com sintomas da doença. A maioria dos casos (63%) ocorre em mulheres, principalmente nas faixas etárias de 30 a 59 anos, com destaque para a faixa de 40 a 49 anos.
Mesmo com menor incidência, bebês de até um ano já registraram casos da doença. O estado já havia enfrentado um surto significativo em 2024, consolidando-se como epicentro da doença no país.
A situação exige medidas imediatas das autoridades de saúde para conter a propagação da chikungunya em Mato Grosso, incluindo a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e a garantia do atendimento adequado aos pacientes.