Em transmissão ao vivo nesta terça-feira (18), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), será indicado para a Comissão de Relações Exteriores da Casa.
Segundo Eduardo, o colegiado é “muito importante” e, por isso, estaria sendo feito um trabalho nos bastidores para definir quem assumirá seu comando.
“Dentre os vários nomes que circulam, a gente acabou decidindo pelo nome do Zucco”, disse.
Na semana passada, conforme mostrou a CNN, o presidente da Casa Legislativa, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu que não iria interferir na indicação do PL, a maior bancada federal da Câmara, e Eduardo Bolsonaro assumiria o posto.
Hoje, porém, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que vai se licenciar temporariamente do mandato como deputado federal, sem qualquer remuneração.
Eduardo é alvo de uma representação criminal, apresentada pelo líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), à Procuradoria-Geral da República (PGR), que pede a apreensão de seu passaporte.
Em nota, Zucco confirmou que recebeu o convite e que a indicação de seu nome para presidir a comissão foi endossada, inclusive, por Jair.
“Como bom soldado que sempre fui, recebo a indicação do meu nome como uma missão a ser cumprida. A mais importante, diga-se de passagem, diante do estado de coisas que vive o Brasil”, afirmou.
O parlamentar ponderou, no entanto, que só comentará de “forma oficial” a questão após a definição da presidência da Casa sobre a distribuição.
Após semanas de embates e indefinições, a Câmara retoma ainda nesta terça a discussão sobre o comando das comissões temáticas.
Se o acordo for finalizado hoje, a expectativa é de que os colegiados sejam instalados ao longo da quarta-feira (19).
Licença do mandato
O pedido de licença de Eduardo Bolsonaro ocorre às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas acusadas de estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito.
A sessão em que a Primeira Turma do STF decidirá se torna réus os denunciados está marcada para os dias 25 e 26 de março.
*Sob supervisão