A cúpula nacional do Partido Liberal (PL) não acredita que a licença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) seja de longo prazo.
O presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, disse à CNN que o filho de Jair Bolsonaro (PL) será candidato ao Senado Federal pelo partido nas eleições de 2026.
“Vai ser nosso senador por São Paulo”, disse Valdemar. “A previsão é voltar [ao Brasil] daqui a quatro meses”, acrescentou.
Para isso, dizem dirigentes do PL, Eduardo precisará voltar ao país para articular o seu palanque eleitoral. E um período longo nos Estados Unidos atrapalha o projeto político do próprio parlamentar.
A avaliação também é feita por congressistas de centro-direita, para os quais a ausência de Eduardo prejudica até mesmo a possibilidade de ele substituir o pai, caso o ex-presidente se mantenha inelegível.
Na terça-feira (18), Eduardo surpreendeu o PL ao anunciar que solicitou licença não remunerada para permanecer nos Estados Unidos.
O parlamentar alegou perseguição do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que pedirá asilo político. No mesmo dia, porém, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou a apreensão do passaporte do parlamentar.
A aposta dentro do PL é de que, até maio, Eduardo retorne ao Brasil para ajudar a articular uma reação nacional à eventual condenação de Bolsonaro na Primeira Turma da Suprema Corte.
No próprio partido de direita, a decisão de Eduardo foi avaliada como precipitada e com implicações políticas para a sua própria carreira parlamentar.
